O
presidenciável Ciro Gomes deve concentrar os seus esforços políticos na aliança
política-eleitoral entre o Partido Democrático Trabalhista e o Partido
Socialista Brasileiro, para o pleito eleitoral de 2018. Ciro Gomes precisa
literalmente somente se concentrar na construção da coligação partidária, com a
direção nacional do PSB, pois não adiantaria muito nesse momento o diálogo com
a direção nacional do Partido Comunista do Brasil que deseja manter aliança,
com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para a sucessão presidencial
desse ano.
O presidente
nacional do PDT, o ex-ministro Carlos Lupi, já iniciou a primeira rodada de
negociação, com o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, mas isso ainda não
é o início do projeto de uma aliança eleitoral rápida e objetiva para
reconstrução do bloco progressista pós-lulismo. O PSB não tem pressa para o
fechamento do acordo com o PDT, pois é coadjuvante perante o atual cenário
político-eleitoral, sem grande preocupação num primeiro momento. O
presidenciável Ciro Gomes deverá procurar com urgência as principais lideranças
socialistas brasileiras, pois a consolidação definitiva do presidenciável Jair
Bolsonaro (PSL), numa vaga do segundo turno da corrida presidencial, pode ser
responsável pela unificação das forças fisiológicas de centro-direita
(DEM-MDB-PSDB), numa única candidatura. A segunda vaga do segundo turno poderia
ir para candidatura presidencial de centro-direita.
O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a direção nacional do Partido dos
Trabalhadores desejam a todo custo a desestabilização do presidenciável Ciro
Gomes (PDT) entre os eleitores lulistas não ideológicos ou não simpatizantes do
campo popular brasileiro (centro-esquerda), com o discurso de que o mesmo não é
o seu sucessor natural, na corrida presidencial desse ano. No segundo momento,
o próprio Lula vai atrair o Partido Comunista do Brasil (PC do B) e os
governadores socialistas nordestinos para o seu arco de alianças, para apoiar o
seu presidenciável saído dos quadros do Partido dos Trabalhadores.
O
presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) já pode comemorar a desarticulação total do
presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) e dos seus aliados governistas
(DEM-MDB-PP-PSD), nessa véspera de início do primeiro turno da sucessão
presidencial. Jair Bolsonaro não precisa nem atacar o presidenciável Ciro Gomes
(PDT), pois essa tarefa é feita pelo ex-presidente Lula e a cúpula nacional do
Partido dos Trabalhadores. A luta insana no antigo bloco partidário
progressista (PT-PSB-PC do B e PDT) pode cobrar alto preço, que seria a não ida
de nenhum presidenciável de centro-esquerda ao segundo turno contra o
presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).
Luiz Cláudio Ferreira Barbosa sociólogo e consultor
político
Fortaleza, 19 de Maio de 2018
Ajude na manutenção financeira do Blog do Luiz Cláudio Ferreira Barbosa: Banco Bradesco - Agência: 0607-6 | Conta Corrente: 0021332-2