O Partido dos Trabalhadores
não teve coragem de colocar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sua
inserção partidária na televisão e no rádio, no último sábado (06/06/15). Os
panelaços deram um choque de realidade à cúpula nacional do PT e do Instituto
Lula.
O Partido dos Trabalhadores
e o Instituto Lula sempre fazem uma série de pesquisas de opinião pública bem
antes de qualquer propaganda partidária ou fala do ex-presidente Luiz Inácio
Lula em rede nacional. O mito infalível do antecessor da presidente Dilma
Rousseff (PT) não é mais o mesmo, pois praticamente desapareceu nas classes
sociais A e B, tem pouco apelo midiático na classe social C e segue em processo
de decadência de capital político nas classes sociais D e E.
O ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva compreendeu que a onda anti-petista não se restringe ao Estado de
São Paulo, os epicentros das manifestações ocorreram em sua maioria nas cidades
brasileiras, com população acima de 200 mil habitantes. O Ajuste Fiscal do
ministro da fazenda, o economista Joaquim Levy, com os seus cortes orçamentários
nas politicas sociais do Governo Federal e os aumentos das tarifas públicas foram
responsáveis pelo aumento do sentimento anti-petista em todas as regiões do
Brasil.
O Partido dos trabalhadores
vai assistir a uma debandada de
parlamentares e prefeitos petistas que irão para outras siglas, em função das
eleições municipais de 2016. O lulismo-petista é bem menor nesse momento do que
o anti-lulismo-petista, por isso, o Partido dos Trabalhadores poderá optar por
uma estratégia política-eleitoral sem a presença de suas outroras estrelas
principais: Lula e Dilma Rousseff.
Luiz Cláudio
Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político