O provável candidato à
presidência da República, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC), já se consolidou
como a segunda via eleitoral do tabuleiro político brasileiro. Jair Bolsonaro
começa a atrair os eleitores tradicionais tucanos das regiões Sul e
Centro-Oeste, assim como da região Sudeste, de acordo com a última pesquisa do
Paraná Instituto nos cenários estimulados: Sul (19,5%), Centro-Oeste + Norte
(28%), Sudeste (17,6%) e Nordeste (15%).
As Igrejas Evangélicas
foram as grandes responsáveis pelas as votações expressivas nas candidaturas
presidenciais do ex-governador Anthony Garotinho (2002) e da ex-senadora Marina
Silva (2010) na região do Nordeste. Os pentecostais e os neo-pentecostais
nordestinos já começaram a demostrar a sua orientação política-eleitoral, para
votarem na candidatura presidencial de Jair Bolsonaro nas pesquisas de opiniões
públicas: Ibope, DataFolha, Vox Populi e Paraná Instituto.
O deputado federal Jair
Bolsonaro (PSC) deverá herdar a base social-política organizada no Estado do
Ceará, em torno do vice-prefeito de Fortaleza, o ex-deputado federal Moroni
Torgan (DEM). Durante os últimos pleitos
eleitorais, para cargos executivos: 2000, 2004, 2008, 2012 e 2016. Moroni
Torgan foi companheiro do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC), em várias
legislaturas na Câmara Federal: 1991-1994, 1999-2002, 2003-2006 e 2015-2016. Eles
constituíam as duas maiores lideranças
da bancada da segurança pública no Congresso, ficando evidente a mesma matriz ideológica
conservadora-social.
A pré-candidatura
presidencial do deputado federal Jair Bolsonaro pode ter algo em torno de 25% até 27% das
preferências eleitorais dos fortalezenses, que são eleitores tradicionais do
discurso ideológico de endurecimento das políticas na área de segurança
pública. Jair Bolsonaro deverá receber apoio político-eleitoral, nas pequenas e
médias cidades cearenses, dos evangélicos e dos católicos conservadores e das
classes médias aterrorizadas pela insegurança pública. A pré-candidatura
presidencial do cearense Ciro Gomes (PDT) deverá impedir o crescimento
eleitoral do deputado federal Jair Bolsonaro, em todo território cearense na
sucessão presidencial de 2018, sendo exceção
a cidade de Fortaleza.
Luiz Cláudio Ferreira
Barbosa sociólogo e consultor político
Fortaleza, 31 de Julho de
2017