A primeira pesquisa de
opinião pública do Instituto Datafolha feito pelo Grupo de Comunicação O Povo,
que saiu na manhã dessa quinta – feira, 18 de Outubro, apenas redefiniu as
dúvidas dos analistas políticos. A eleição do futuro chefe do executivo municipal
de Fortaleza, ainda é uma lacuna aberta para a maioria dos eleitores.
Os setores das classes
médias da cidade de Fortaleza praticamente irão se dividir entre os
concorrentes do segundo turno do pleito eleitoral da capital cearense.
Roberto
Cláudio e a questão do eleitor da classe média fortalezense
O candidato da coligação
PMDB – PSB para prefeito de Fortaleza, já começa a apresentar um teto político
eleitoral em alguns setores das classes médias da capital . O discurso de
parceria administrativa entre os executivos públicos do Governo Municipal de
Fortaleza e do Governo do Estado do Ceará, que é o seu principal mote
publicitário nas campanhas de rádio e de televisão, não demonstram o mesmo
poder de persuasão que tinham no primeiro turno.
A marca de 37% da
preferência do eleitor fortalezense, na pesquisa estimulada do Datafolha – O
Povo, com certeza acendeu a luz amarela no staff do candidato socialista.
O seu crescimento nesse
segundo turno foi mais lento, onde havia uma avenida pavimentada, com a
neutralidade do PSOL com quase 150 mil votos no primeiro turno, na sua grande maioria entre os eleitores de
16 até 24 anos, não tivemos uma migração maciça para o candidato Roberto
Cláudio (PSB), pelo contrário existe um empate técnico com o concorrente
petista, ambos com 50% da preferência eleitoral desse segmento.
Roberto Cláudio não teve
desempenho melhor entre os eleitores tradicionais do ex – prefeiturável Heitor
Férrer, o eleitor – cidadão com renda de cinco até dez salários mínimos, onde
há outro empate técnico com candidato do continuísmo, ambos com quase o mesmo
percentual ( Roberto 50% vs Elmano 49%).
A coligação PMDB – PSB nos
últimos dias fez uma série de alianças com os ex – prefeituráveis que não foram
ao segundo turno, os dois principais apoiadores da candidatura do Roberto
Cláudio no segundo turno são o senador Inácio Arruda (PC do B) e o ex –
deputado federal Moroni Torgan (DEM). Somente na próxima pesquisa do Datafolha
– O Povo é que teremos a noção de qual é
o verdadeiro peso político – eleitoral dessa estratégia da cúpula de campanha
do candidato Roberto Cláudio (PSB).
Elmano
de Freitas e a diminuição da rejeição nas classes médias fortalezenses
O candidato da coligação PR – PT para prefeito
de Fortaleza, que terminou o primeiro turno em primeiro lugar, ainda manteve a
dianteira na primeira pesquisa de opinião pública do Datafolha – O Povo. A
campanha midiática construída no primeiro momento do pleito eleitoral de
Fortaleza, ainda se mostra eficiente
nesse segundo momento dessa eleição ao cargo do executivo municipal. Como
comprova o seu índice de 42% da
preferência do eleitorado fortalezense na pesquisa estimulada.
O seu crescimento no segundo
turno ainda mantém o mesmo ritmo dos últimos dias no finalzinho do primeiro turno.
O seu crescimento foi de quase 20% em relação ao resultado final da primeira
fase do pleito eleitoral de fortaleza em relação à primeira pesquisa de opinião
pública do Datafolha – O Povo.
Elmano de Freitas demonstra
força entre os eleitores tradicionais do ex – presidente Luis Inácio Lula da
Silva, que são os eleitores que ganham no máximo dois salários mínimos, esse é
o cidadão – eleitor das regiões pobres da cidade de Fortaleza, onde o candidato
petista tem o seu melhor índice na pesquisa estimulada contra o seu adversário
( Elmano 55% vs Roberto 45%). Outro segmento social e econômico favorável ao
postulante petista, e aquele onde o eleitor – cidadão recebe entre dois até
cinco salários mínimos, outra parcela significativa da população fortalezense, o
candidato Elmano de Freitas tem a preferência de 53% na pesquisa estimulada do
Datafolha – O Povo contra somente 47% do seu concorrente.
A coligação PR – PT nos últimos dias reforçou a sua campanha na
televisão e no rádio, com a mesma peça publicitária do primeiro turno, como
também as visitas no cinturão de bairros da região periférica da cidade de
Fortaleza. Não havia perspectiva de aliança com nenhum ex – prefeiturável dos
partidos oponentes do primeiro turno. O núcleo da campanha do Elmano de Freitas,
praticamente fortaleceu os laços das alianças com as lideranças da sociedade
civil fortalezense, na única estratégia viável para esse segundo turno.