O ex-deputado federal Ciro
Gomes (PSB-CE) se refez como liderança política, nesses últimos dias, e
principalmente perante os meios de comunicação, como numa espécie de defensor
intransigente da reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). Ciro Gomes conseguiu
produzir um debate público, que não estava planejado, nos principais órgãos de
notícias do país.
O Partido dos Trabalhadores
não tem nenhuma liderança com esse perfil de discussão agressiva contra os seus
adversários, e nem com os seus prováveis dissidentes da base aliada no
Congresso, em relação ao pleito eleitoral de 2014. O ex – ministro Ciro Gomes
(PSB) monopoliza as críticas radicais aos principais oponentes (Eduardo Campos,
Aécio Neves, Marina Silva) à reeleição da presidente Dilma Rousseff. O PT tem
dificuldade em fazer a defesa de sua candidata natural, pois a mesma não tem
relação orgânica, com os militantes do seu próprio partido.
O consultor político Luiz Cláudio Ferreira Barbosa
O governador de Pernambuco,
Eduardo Campos (PSB), não esperava um confronto interno, com um dos seus
correligionários de agremiação partidária, sobre a sua postulação, como pré –
candidato à presidência da República, no próximo ano. Eduardo Campos conta com
enorme simpatia dos empresários e de políticos descontentes com a política
econômica do Governo Federal.
O estilo comunicativo de
Ciro Gomes, já demonstrou ser útil ao Governo federal na época da crise do Mensalão
(2005), no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O
novo cargo de questionador dos prováveis adversários da presidente Dilma
Rousseff (PT), não estava preenchido por nenhuma outra liderança no circulo do
poder, por isso o ex – governador Ciro Gomes, com seu senso político aguçado aproveitou
esse espaço vazio, na disputa do pleito eleitoral de 2014. A reforma no
primeiro escalão do Planalto, já pode ser interpretado, como um troféu de
reconhecimento do seu valor político, para os interesses eleitorais da
presidente Dilma Rousseff.