O governador
Camilo Santana (PT) demonstra interesse em manter o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) no seu palanque de reeleição, no próximo ano. Camilo Santana
sabe do peso político-eleitoral do lulismo cearense nas pequenas cidades, onde
há enorme sentimento de saudosismo da Era Lula (2003-2010) devido as políticas
sociais e aos créditos financeiros. A candidatura presidencial do petista
poderá ter entre 17% até 25% dos votos válidos, no pleito de 2018, em nosso
estado.
Luiz Cláudio Ferreira Barbosa |
O
presidenciável Ciro Gomes (PDT) não recebeu a caravana do ex-presidente Lula,
em terras cearenses. Ciro Gomes começa a trabalhar com a perspectiva de não
receber apoio do Partido dos Trabalhadores a sua postulação política-eleitoral
ao Governo Federal. O condomínio político-administrativo que era
cirista-cidista-lulista (2003-2016) já não existe mais, com isso o governador
Camilo Santana (PT) vai ser a ponte entre os antigos aliados nas eleições do
Ceará.
O governador
Camilo Santana (PT) ampliou o seu arco de aliança após o fim da Era Lula-Dilma
(2003-2016) à frente do Palácio do Alvorada, em Brasília. Camilo Santana mantém
um bom relacionamento administrativo com
o presidente Michel Temer (PMDB) através do deputado federal Danilo Forte (PSB)
e do presidente nacional do PSDB, o senador Tasso Jereissati. O chefe do executivo estadual também já começa
uma reaproximação com o senador Eunício Oliveira (PMDB), para ajudá-lo nas
liberações dos recursos financeiros do Governo Federal.
Eu acredito
na saída do governador Camilo Santana dos quadros do Partido dos Trabalhadores.
Camilo Santana deverá ir para o Podemos ou para o Partido Socialista Brasileiro
no início do próximo ano, com a construção do seu palanque de reeleição, porém
terá três palanques a nível presidencial: Ciro Gomes (PDT), Lula (PT) e o
candidato nacional do PSDB. A lógica política do Palácio de Iracema é a
garantia antecipada da reeleição do atual chefe do executivo do Governo
Estadual, já o processo eleitoral a nível nacional, sem dúvida é questão
secundaria. Assistam aos vídeos:
Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e
consultor político
Fortaleza, 03 de Setembro de 2017