terça-feira, 20 de agosto de 2024

O que diz a Paraná Pesquisas sobre a corrida em Fortaleza

 



Por: Erivaldo de Carvalho / Poder News / O link: https://podernews.com.br/o-que-diz-a-parana-pesquisas-sobre-a-corrida-em-fortaleza/

Divulgada nesta terça-feira (20), a mais recente rodada de intenções de voto para a Prefeitura de Fortaleza mostra o seguinte grid de largada:


Capitão Wagner (União Brasil): 31,3%

José Sarto (PDT): 20,1%

André Fernandes (PL): 16,4%

Evandro Leitão (PT): 10,0%

Eduardo Girão (Novo): 4,8%

Zé Batista (PSTU): 0,6%

Técio Nunes (Psol): 0,5%

Chico Malta (PCB): 0,3%

George Lima (Solidariedade): 0,1%.


O levantamento do Paraná Pesquisas está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número CE-08667/2024.


O resultado acima é na modalidade estimulada. Ou seja, quando são apresentadas as opções ao público pesquisado.


Liderança isolado

Em linhas gerais, Wagner está na liderança isolada – fora da margem de erro, de 3,5 pontos percentuais (pp), para cima ou para baixo.

Em seguida, temos três empates técnicos: entre Sarto e André; entre André e Evandro, e entre Evandro e Girão.

Dica: você compara um índice com o outro, logo abaixo. Se der menos de 7,0 pp (3,5 pp x 2, para mais ou para menos), é empate.

Votando. A resiliência de Wagner pode ser explicada pelo alto recall do candidato. É a terceira disputa consecutiva dele.

Nesse tempo, o nome do União Brasil consolidou-se em todas as estratificações – gênero, faixa etária, escolaridade e renda.

Wagner é o mais estável entre todos os concorrentes, nesses quesitos, com índices muito próximos às intenções gerais de voto. Isso conta muito.





Sarto e a gestão

Sarto oscila, discretamente, dentro da margem de erro, apresentando sinais de leve recuperação, considerando-se as últimas cinco pesquisas, de janeiro até aqui.

A linha do tempo do pedetista, que o mostra rodando em torno de 20%, é, praticamente, a mesma que acompanha a aprovação/desaprovação da gestão municipal.

Isso pode indicar que a situação de Sarto está altamente dependente e atrelada à imagem da administração que lidera.


Fator André

Abaixo de dois dígitos, em janeiro, André vem numa crescente, desde então – saiu de 9,1% para 16,4%.

Para quem endossa a tese de que André tira votos de Wagner: do início do ano para cá, o candidato do PL cresceu 7,3 pp, enquanto Wagner derreteu 7,2 pp.

Ou seja: embora com índices semelhantes na estratificação dos votantes, Wagner não está tão estável quanto gostaria.

Uma boa aposta seria dizer que o desempenho geral de Wagner vai depender da evolução – ou não – do ex-aliado André.


Evandro e os companheiros

No mesmo período, Evandro oscilou de 6,5% 10,0%. A evolução pode estar relacionada ao aumento de conhecimento do nome do candidato.

A saber: o presidente Lula, o governador Elmano de Freitas e o senador Camilo Santana – os três do PT, partido de Evandro.

Mas aqui há um porém, provavelmente o mais relevante para o candidato do PT.

De acordo com a Paraná Pesquisas, a aprovação de Elmano caiu 7,6 pp, enquanto a desaprovação oscilou 6,7 pp para cima.

Em janeiro, a diferença entre os que aprovam e os que desaprovam o petista era de

16,8 pp. Hoje, esse intervalo é de 2,5 pp.


Padrinho dos padrinhos

A situação de Lula, padrinho dos padrinhos, chama um pouco mais a atenção.

Em janeiro, o presidente era aprovado por 59,5% dos eleitores de Fortaleza, contra 37,4% que o desaprovavam.

Hoje, a aprovação/desaprovação de Lula na Cidade é 49,5% e 47,0%, respectivamente.

A diferença caiu de 22,1 pp entre os dois polos, para 2,5 pp – um tombo de 19,6%.

Talvez esteja aí, inclusive, parte da explicação para o crescimento do embaixador do bolsonarismo em Fortaleza, André Fernandes de Moura.

Mas alguns diriam: “Mas a campanha está só no começo”.

Ah, isso todo mundo já sabe.

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