sexta-feira, 8 de setembro de 2023

Lula sucumbiu à estratégia do Centrão - A minirreforma ministerial do Arthur Lira

 



O presidente da Câmara, o deputado federal Arthur Lira (PP) propôs uma reforma ministerial, em duas etapas, a primeira etapa seria a substituição do comando do Ministério do Turismo, e a segunda etapa a proposta do comando de dois ministérios e o controle da diretoria da Caixa Econômica, em ambas as etapas o presidente Lula (PT) cedeu aos grupos de interesses do Centrão ou Agrocentrão sob o controle do Arthur Lira.

O presidente Lula (PT) está num processo político-institucional de uma reforma administrativa do primeiro escalão da Esplanada dos Ministérios. Lula assistiu a ida da bancada da Câmara do PSB e da bancada da Câmara do PDT para a zona de influência do presidente da Câmara, Arthur Lira, no Congresso. A ideia do presidente Lula em diminuir o espaço do PSB no Governo Federal, já era algo dado como certo na articulação política do Planalto, porém, não esperado pela cúpula nacional do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e da direção nacional do PSB.

No início da segunda quinzena do mês de setembro o Centrão ou Agrocentrão terá ao todo três ministérios: Turismo (Celso Sabino), Portos e Aeroportos (Silvio Costas) e Esporte (André Fufuca). A participação dos presidentes nacionais dos três ministros citados é literalmente simbólica na articulação política-administrativa entre o deputado federal, Arthur Lira (PP), e o presidente Lula (PT): Marcos Pereira (Republicanos), Progressistas (Ciro Nogueira) e União Brasil (Luciano Bivar). Arthur Lira deverá procurar um posicionamento político-ideológico de afastamento dos holofotes, todavia, o Centrão vai propor mais uma mudança ministerial, no caso o Ministério da Agricultura.

O presidente Lula (PT) se tornou um fiador dos desejos de poder do Centrão ou Agrocentrão, na Esplanada dos Ministérios. Este é um papel institucional muito pequeno para o presidente Lula. A imprensa nacional da pauta política já sentiu a fragilidade do Palácio do Planalto em não construir a maioria parlamentar no Congresso, com isso a excessiva exposição midiática do presidente Lula sendo apenas o gerenciador da mudança dos titulares dos ministérios. Lula não teve o direito de fazer a indicação dos nomes dos novos titulares da Esplanada dos Ministérios e da Caixa Econômica.

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa é diretor-gerente da Consultoria LCFB


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