quarta-feira, 12 de maio de 2021

Lula e o Radicalismo Político - Eleitoral

 



O ex-presidente Lula caminha para uma nova fase de radicalismo político, como foi a sua candidatura ao governo de São Paulo, no pleito eleitoral de 1982, pelo Partido dos Trabalhadores (PT).  Lula precisa enfrentar o bolsonarismo-olavista, com a radicalização do seu discurso, em relação às políticas públicas de combate à Covid-19 feito pelo Ministério da Saúde, com a anuência do Governo Federal. A capacidade ímpar do líder petista de manter uma comunicação direta, com os setores pobres da sociedade civil, em função do sentimento de saudosismo da época de bonança econômica da primeira década do século XXI (2001-2011). 

 

A candidatura petista ao Governo de São Paulo, no ano de 1982, sem dúvida era uma necessidade de fazer contraponto ao discurso moderado emedebista da chapa majoritária vencedora daquela eleição: Franco Montoro (Governador) e Orestes Quércia (Vice-Governador). O lulopetismo precisa esvaziar qualquer discurso de centro moderado, no pleito eleitoral presidencial do próximo ano, por isso o retorno ao discurso radical, como contraponto ao movimento popular-liberal liderado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do bloco partidário do Centrão Tradicional: MDB - PSDB - DEM e PSD. O ex-presidente Lula vai defender uma ruptura democrática favorável aos setores mais pobres da sociedade brasileira ou carta aos brasileiros humildes.

 


A direção nacional do Partido dos Trabalhadores e a sua bancada no Congresso tem a missão de fazer uma desqualificação política-eleitoral do ex-ministro, Ciro Gomes (PDT), entre os eleitores moderados anti-bolsonaristas, pois os eleitores progressistas anti-bolsonaristas vão sinalizar apoio à candidatura presidencial do petista, Lula, numa demonstração clara do processo de radicalização no pleito eleitoral de 2022. Lula tem o presidente da República como o seu principal adversário, assim como a pauta econômica do ministro, Paulo Guedes, como também será um crítico voraz às políticas públicas de combate à Covid-19 do Ministério da Saúde. O PT vai isolar o PDT nas suas coligações estaduais.

 


O ex-senador Eunício Oliveira (MDB) sempre manteve uma ótima relação com o ex-presidente Lula, no campo pessoal e no campo político, porém, o retorno da aliança eleitoral entre Lula e o presidente estadual do MDB; é somente a construção de uma frente anti-Ciro Gomes e seus aliados na política cearense. A direção estadual petista e a direção estadual emedebista vão construir um palanque conjunto, para a campanha presidencial da Frente Brasil Popular: PT - PSB - PC do B e do PCO, com apoio do PROS, Avante e Solidariedade. O ex-presidente Lula mantém uma agenda de pacificação, com os prováveis aliados conservadores oriundos das seguintes siglas partidárias: MDB, DEM, PSDB e PSD. O discurso público do lulopetismo será de contraponto radical ao ex-presidente Jair Bolsonaro, nos próximos meses. 

 

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político 




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