terça-feira, 25 de maio de 2021

A Estratégia Política como ferramenta de compreensão da polarização: Jair Bolsonaro x Lula

 



O Pleito eleitoral de 2022 terá dois blocos bem definidos: bolsonarismo e  antibolsonarismo. O bloco bolsonarista terá dois subgrupos específicos: bolsonarismo autêntico e o bolsonarismo institucional. O bloco antibolsonarista terá vários subgrupos, contudo, o principal subgrupo é o lulopetismo, já os outros subgrupos vão ser praticamente forças regionais: ACM Neto (Bahia), Rodrigo Maia (Rio de Janeiro), João Dória (São Paulo), Ciro Gomes (Ceará) e outros. O centro do debate político-eleitoral é a administração do presidente Jair Bolsonaro, sobre  áreas bem específicas: economia e saúde pública. 

 

O presidente Jair Bolsonaro não poderá usar o seu discurso de pautas morais e éticas ao público conservador, como fez no pleito eleitoral de 2018. Jair Bolsonaro precisa fazer o seu discurso de governabilidade, assim como pedir mais outro mandato aos brasileiros. Os parlamentares governistas e os candidatos pró-Governo Federal aos cargos legislativos terão muita dificuldade para   conseguirem uma sincronização automática do discurso de pautas conservadoras, com o discurso de defesa das pautas governamentais. Há uma necessidade de criação de uma nova estratégia política - eleitoral numa campanha de reeleição na esfera legislativa, como também uma nova concepção de organização de campanha eleitoral, numa candidatura ao legislativo sem mandato de apoio ao presidente Jair Bolsonaro, no próximo ano. 

 


O lulopetismo tem uma candidatura presidencial, com excelente capital político-eleitoral entre os eleitores próximo a linha da pobreza e também abaixo da linha da pobreza. O ex-presidente Lula é um excelente comunicador de suas realizações administrativas, nos seus dois mandatos presidenciais (2003-2010), para a maioria da população brasileira. A mensagem lulopetismo entra na esfera privada do indivíduo no tocante ao saudosismo do período de crédito público e poder de consumo, com o ex-presidente Lula, no poder. O retorno de um passado recente glorioso em substituição ao presente de superação de problemas na área econômica e de saúde pública. Os parlamentares lulopetistas e os pré-candidatos aos legislativos de apoio ao ex-presidente Lula não serão beneficiados pelo discurso social-popular do candidato petista à presidência da República, no eleitorado lulista não petista de perfil conservador. É necessária uma nova estratégia de campanha entre os candidatos pró-Lula aos cargos legislativos.

 

A consultoria política terá muita dificuldade na elaboração dos discursos de campanha aos cargos legislativos, no próximo ano. O profissional de estratégia política é o técnico da área de comunicação, com a maior capacidade de orientação no campo linguístico eleitoral aos postulantes: Senado, Câmara e Assembleia Legislativa do Ceará. Nesse campo de estratégia política, sempre procuro a orientação do excelente profissional: Harley Dias. Nas eleições municipais do ano passado, Harley dias teve um aproveitamento de 100% ou seja, a vitória dos seus candidatos à reeleição ou eleição. Os candidatos aos cargos executivos estaduais não foram ainda objeto de uma análise, mas ainda irei escrever um artigo específico sobre as narrativas política-eleitorais dependentes da polarização a nível nacional. 

 

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político




 

 

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