O deputado
federal, Capitão Wagner (PROS), e o senador, Eduardo Girão (PODE), são os
responsáveis pela criação do primeiro grupo político cearense de caráter de
oposição, que não é uma dissidência do Governo do Estado do Ceará. Capitão
Wagner é o pré-candidato, a prefeito de Fortaleza, mais competitivo, nesse
período de pré-campanha eleitoral. É plausível a afirmação de que existe
wagnarismo-bolsonarista, porém, não existe o anti-wagnarismo-bolsonarista. Isso
é um fato novo na eleição municipal de Fortaleza, em 2020.
No pleito
eleitoral de 2008 e de 2012 tivemos as oposições envolvidas numa desesperada
estratégia para derrotar o grupo da ex-prefeita Luizianne Lins (PT), todavia,
sempre houveram várias oposições ou candidaturas à prefeito de Fortaleza, nos pleitos
eleitorais citados. No pleito eleitoral de 2016 na capital cearense nós tivemos
a primeira candidatura unificada das oposições na figura do deputado estadual,
Capitão Wagner, oriundo dos quadros do Partido da República, com apoio do
ex-governador Lúcio Alcântara (PR), e do senador Tasso Jereissati (PSDB), assim
como do deputado federal, Genecias Noronha (Solidariedade), e do ex-senador
Eunício Oliveira (MDB). Capitão Wagner não logrou êxito no segundo turno do
pleito eleitoral de 2016, porém, o seu grande capital político-eleitoral foi
responsável pela construção do seu grupo partidário nas eleições de 2018, no
Ceará.
O
governador Camilo Santana (PT) sempre compreendeu a necessidade do retorno do
MDB, para a sua base governista, no final do seu primeiro governo (2015-2018),
e agora no início do seu segundo governo (2019-2022), pois era necessário o fim
da dissidência política-administrativa do ex-senador Eunicio Oliveira (MDB).
Camilo Santana fez uma aproximação no campo pessoal, com o senador Tasso
Jereissati, sem a necessidade de atrair o PSDB cearense. O tassismo era
dissidência do condomínio político-administrativo de Camilo Santana e do
senador Cid Gomes; já não é mais (Maia Júnior). Não existe mais dissidência a
nível estadual, com isso também não existe dissidência na base do prefeito
Roberto Cláudio, em Fortaleza.
A
experiência e o amadurecimento do deputado federal, Capitão Wagner, foram muito
importantes para a eleição do senador Eduardo Girão, no pleito eleitoral de
2018, no Ceará. Capitão Wagner fortaleceu a sua agremiação partidária, com a
eleição de deputados estaduais e de deputados federais, assim como tem boa
bancada de parlamentares na Câmara Municipal de Fortaleza. Eduardo Girão
assumiu o comando estadual do Podemos (PODE), como aliado de primeira ordem do
PROS. O PSC e o Avante (PT do B) estão na órbita de influência do bloco
partidário PROS-PODE a nível estadual.
O senador
Cid Gomes tentará a todo custo a manutenção da aliança política-eleitoral entre
o PDT e o PT, no primeiro turno do pleito eleitoral de 2020, em Fortaleza. Cid
Gomes sabe como foi fundamental a união do eleitorado cirista e do eleitorado
lulista-dilmista na vitória de reeleição do prefeito fortalezense, Roberto
Cláudio, no pleito eleitoral de 2016. No segundo turno da sucessão presidencial
de 2018, na capital cearense, nós tivemos o fenômeno da migração de eleitores
ciristas para a candidatura de Jair Bolsonaro, por isso o governador Camilo
Santana (PT) e o senador Cid Gomes (PT) têm medo do voto útil governista a
pré-candidatura do Capitão Wagner, com duas pré-candidaturas antagônicas a
prefeito de Fortaleza da base governista, nesse ano (2020). O pré-candidato
governista a prefeito de Fortaleza não dever ser nem do PDT e nem do PT.
O discurso
do combate a corrupção e contra o lulismo deverá perder muita força, no pleito
eleitoral de Fortaleza de 2020. O discurso sobre eficiência administrativa e restruturação das políticas públicas da
prefeitura de Fortaleza, deverá ser a principal temática entre os formadores de
opinião pública, no período pré-eleitoral. O secretário municipal e empresário, Alexandre Pereira, sem dúvida
deverá ser o primeiro pré-candidato a prefeito de Fortaleza, com o discurso da modernidade
administrativa de perfil social liberal, sem a necessidade de fazer oposição
sistemática, fará isso através da atuação da bancada do Cidadania-PPS nas
votações das reformas no Congresso Nacional (Câmara/Senado), assim como o seu
papel de administrador público, o mesmo é o canal de confluência dos setores
sociais pró-mercado da capital cearense, nas eleições de 2020. O deputado
federal, Capitão Wagner, ainda precisa deferir muita energia política-eleitoral
no sentimento anti-cidista-robertista do fortalezense, porém deve manter boa
relação política-eleitoral, com o pré-candidato a prefeito de Fortaleza do
Cidadania (Alexandre Pereira).
O bloco
partidário oposicionista fortalezense (PROS-PSC-PODE-Avante) deverá apoiar a
ampliação do movimento horizontal e espontâneo de apoio do eleitorado
bolsonarista e dos apoiadores do ministro Sérgio Moro, no decorrer do pleito
eleitoral de 2020. O deputado federal, Capitão Wagner, não tem dúvidas de que
terá a maioria da militância digital, em função dos internautas bolsonaristas e
dos ativista digitais pró-Lava Jato (Sérgio Moro). O espaço público abstrato é
campo político-eleitoral promissor ao candidato oposicionista fortalezense.
Nesse momento quem faz a pauta política, assim como a pauta eleitoral, é sem
dúvida as forças oposicionistas, em detrimento da cúpula
política-administrativa cidista-camilista, em Fortaleza.
Luiz Cláudio Ferreira Barbosa
sociólogo e consultor político
Fortaleza, 22 de Janeiro de 2020
Parei no "houveram". Hoje em dia qualquer analfabeto funcional se propõe a ser analista político!
ResponderExcluirObrigado por seu cometário. Desejo tudo de bom pra ti. Luiz Cláudio Ferreira Barbosa sociólogo e consultor político
ExcluirSR LUIZ CLAUDIO, CONFESSO QUE NÃO CONSEGUI PELO MENOS AINDA CAPTAR QUAL A SUA FORMA DE PENSAR POLITICAMENTE. SOU A FAVOR DO ATUAL PRESIDENTE DA REPÚBLICA JAIR BOLSONARO. MAIS AINDA DO MINISTRO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA SÉRGIO MORO. SOU BASTANTE A FAVOR DA PUNIÇÃO SEVERA PARA A CORRUPÇÃO.
ExcluirO meu texto é objetivamente a sucessão municipal de Fortaleza. Luiz Cláudio Ferreira Barbosa sociólogo e consultor político
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