O governador
Camilo Santana (PT) e o senador Cid Gomes (PDT) vão lançar uma candidatura
conjunta, para a sucessão do prefeito fortalezense, o médico Roberto Cláudio
(PDT), que não deverá ser pelo Partido dos Trabalhadores ou pelo Partido
Democrático Trabalhista, e sim por uma terceira alternativa partidária. Camilo
Santana compreendeu o enorme risco político do divórcio total entre o
lulismo-camilista e o cirismo-cidista no pleito eleitoral de 2020, em
Fortaleza.
O deputado
federal, Capitão Wagner (PROS), e o senador Eduardo Girão (PODE) são os
responsáveis pela criação do primeiro grupo de oposição ao condomínio político
-administrativo do governador Camilo Santana (PT), que não é uma dissidência da
base governista. O movimento social conservador cearense (MSCC) tem uma enorme
base política entre os eleitores bolsonaristas e os eleitores moristas (Sérgio
Moro), na capital cearense. A votação do presidente Jair Bolsonaro entre os
eleitores fortalezenses foi de trinta e cinco por cento (35%), no primeiro
turno do pleito eleitoral de 2018, já no segundo turno, o mesmo teve quarenta e
cinco por cento (45%) dos votos válidos. O wagnerismo-bolsonarista com apoio
dos eleitores do ministro Sérgio Moro apresentam chance de vencer no primeiro
turno do pleito eleitoral de 2020, em Fortaleza.
A soltura do
ex-presidente Lula (PT) do cárcere da Polícia Federal do Paraná - Curitiba, não
reproduziu o resultado de renovação da onda lulista na região do Nordeste. O
governador Camilo Santana (PT) não se aprofundou na criação do bloco partidário
(PT-MDB), em conjunto, com o empresário e ex-senador, Eunício Oliveira, para as
eleições dos municípios cearenses. Camilo Santana não vai apoiar ou lançar
algum candidato à prefeito de Fortaleza do Partido dos Trabalhadores, em
detrimento do grupo político-eleitoral do senador Cid Gomes, nesse momento de
fragilidade de liderança do próprio Lula.
O senador
Cid Gomes (PDT) já compreendeu a estratégia do governador Camilo Santana (PT)
de não aprofundamento das diferenças políticas e eleitorais do cirismo-cidista
e do camilismo-lulista, ainda no primeiro turno da sucessão municipal de
Fortaleza, desse ano. Camilo Santana e Cid Gomes vão tentar construir um novo
postulante a prefeito de Fortaleza, que não seja do PT ou do PDT. O problema
dessa empreitada é o diretório nacional do PDT, assim como também o staff
político do ex-presidente Lula. É muito difícil um consenso nesse momento entre
PT e o PDT para abrirem mão de suas
candidaturas próprias, na capital cearense.
A
pré-candidatura à prefeito do deputado federal, Célio Studart (PV), sem dúvida
pode esvaziar o prefeito,Roberto Cláudio (PDT), entre os setores das classes
médias fortalezenses, nas eleições de 2020. A pré-candidatura do deputado
estadual, Renato Roseno (PSOL), para o comando da maior cidade cearense; causará
um esvaziamento natural de qualquer pretensão de monopólio das forças
progressistas pelo Partido dos Trabalhadores (PT). As dificuldades externas das
prováveis pré-candidaturas oriundas do PDT e do PT, para a sucessão municipal
de Fortaleza, já entraram no radar eleitoral do senador Cid Gomes e do
governador Camilo Santana, ainda no final do ano passado.
O campo
social-liberal da política fortalezense deverá ter duas pré-candidaturas à
prefeito: o empresário Alexandre Pereira (Cidadania) e o empresário Geraldo Luciano
(Novo-30). É a nova terceira via da capital cearense, em duas postulações
eleitorais. O governador Camilo Santana (PT) tem admiração do eleitor
social-liberal, após a reforma da
previdência no Ceará. A pré-candidatura cidista-camilista terá perfil com liberalismo
social ou centro entre os eleitores do município de Fortaleza, surge como única alternativa para ida ao segundo turno,
numa perspectiva de enfrentamento da pré-candidatura, Capitão Wagner, no último
final de semana de outubro de 2020.
Luiz Cláudio Ferreira Barbosa sociólogo e consultor
político
Fortaleza, 16 de Janeiro de 2020
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