O prefeito de
Fortaleza, o médico Roberto Cláudio (PDT), procurou construir uma boa relação
pessoal, com o senador Tasso Jereissati (PSDB), após o fim da campanha
eleitoral de 2016. Roberto Cláudio tem enorme dificuldade em manter parceria
mais consistente na área administrativa, com o presidente Michel Temer (PMDB).
O PMDB nacional é o maior empecilho para as parcerias de políticas públicas do
Governo Federal e a Prefeitura de Fortaleza.
O senador Tasso
Jereissati (PSDB) se empenha em ajudar o governador Camilo Santana (PT), nas
liberações dos recursos econômicos na Esplanada dos Ministérios (Brasília),porém
não tem o mesmo empenho, em ajudar o prefeito fortalezense. Roberto Cláudio
iniciou um processo de aproximação, com o senador Tasso Jereissati, adotando o
modelo operacional eficiente desenvolvido por Camilo Santana, para diminuir a
zona de atrito político, com os tassistas-tucanos.
O ex-governador Cid
Gomes (PDT) tem enorme influência política-administrativa na Prefeitura de
Fortaleza. Cid Gomes foi o grande responsável pela carreira meteórica do
prefeito Roberto Cláudio (PDT) nos últimos anos (2010-2017). O
cidismo-robertista não teve origem no tassismo e funcionou como um contraponto
ao mesmo. O PSDB nacional não reagirá muito bem a essa aproximação do senador tucano
cearense com o pupilo político do futuro presidenciável Ciro Gomes (PDT), que é
oposicionista histórico da tucanada paulista.
O futuro
político-administrativo do prefeito Roberto Cláudio (PDT) não vai depender do
senador Tasso Jereissati (PSDB), nos corredores da Esplanada dos Ministérios ou
no Governo Federal. Tasso Jereissati deverá avançar na relação pessoal com
Roberto Cláudio, mas não tem interesse de confrontar a sua agremiação
partidária e os seus eleitores tradicionais, que são oposicionistas históricos
aos Ferreira Gomes. O pré-candidato presidencial, o ex-governador Ciro Gomes
(PDT), não poderia deixar ou permitir essa relação institucional entre os
ciristas-cidistas, com os aliados cearenses do governador tucano Geraldo
Alckmin (SP) e do prefeito de São Paulo, o neotucano João Doria, que são
adversários declarados do próprio Ciro Gomes, na eleição presidencial do
próximo ano.
Luiz Cláudio Ferreira
Barbosa, sociólogo e consultor político
Fortaleza, 21 de Março
de 2017
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