O governador Camilo
Santana (PT) procura construir a união dos pedetistas e petistas na chapa
majoritária presidencial: Ciro Gomes (PDT) e Fernando Haddad (PT). Camilo
Santana compreende a necessidade da união antecipada das forças democráticas,
para que ocorra a diminuição das zonas de atritos nas disputas regionais, como no
caso do pleito eleitoral de 2018, no Estado do Ceará.
O futuro presidenciável
pedetista, o ex-ministro Ciro Gomes, apenas contaria com a sua agremiação
partidária nas eleições de 2018. Ciro Gomes precisa construir o petismo-cirista
dentro do Partido dos Trabalhadores, que somente seria possível através do diretório
estadual do Ceará e num segundo momento com ajuda dos petistas gaúchos (Olívio
Dutra e Tarso Genro), que são favoráveis à renovação do PT e do campo
democrático das esquerdas: PT, PDT, PC do B, PSOL e REDE.
O governador Camilo
Santana (PT) quando era jovem militante do Partido Socialista Brasileiro no ano
de 1999, já foi testemunha da construção da coligação partidária das esquerdas,
para prefeito de Fortaleza, no pleito eleitoral de 2000, que com quase 1 ano de
antecendência, já foi montada com os seguintes candidatos: Inácio Arruda
(Prefeito) e Arthur Bruno (Vice-Prefeito). A mesma quase derrotou a reeleição
do prefeito Juracy Magalhães (PMDB). Camilo Santana não é totalmente cirista é
muito menos totalmente petista, mas procura ser a primeira liderança
petista-cirista do Brasil. O fracasso dessa empreitada pode significar a sua
ida para o PSDB, PSB ou PPS.
O ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) sempre disputou a liderança do campo democrático, com
o falecido ex-governador Leonel Brizola (PDT), nas décadas de 1980 e 1990. O
ex-ministro Ciro Gomes (PDT) procura ser o pós-lulismo da política brasileira,
com os votos dos eleitores lulistas que não são petistas, mas há necessidade de
atrair os seguidores tradicionais do ex-presidente Lula. O trabalhismo e o
lulismo têm o histórico de lutas políticas entre os mesmos, com poucas tréguas
ou alianças pontuais. O governador Camilo Santana (PT) não teve apoio dos
petistas e dos pedetistas cearenses, na sua tese de união das esquerdas, para o pleito eleitoral nacional de 2018, mas contou com o silêncio solidário dos
tucanos cearenses ou tassistas.
Luiz Cláudio Ferreira
Barbosa, sociólogo e consultor político
Fortaleza, 14 de
Fevereiro de 2017
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