O vice-presidente Michel Temer (PMDB) deverá assumir a presidência
da República ainda na primeira quinzena do mês de maio. O futuro presidente
interino vai anunciar o seu provável ministério, no decorrer dessa semana. A
política cearense deverá sofrer uma nova configuração da macro-política, com a
inversão de vários papeis dos atores partidários. A nova base governista do
Planalto será grande e pulverizada, com várias lideranças.
A presidente Dilma Rousseff (PT) sempre negociava com o
ex-governador Cid Gomes (PDT) e o governador Camilo Santana (PT), como aliados
de primeira ordem, que ainda têm o prefeito de Fortaleza, o médico Roberto
Cláudio (PDT) e o presidente da Câmara Municipal, o vereador Salmito Filho
(PDT), que participam do condomínio político-administrativo sob a liderança do
ex-governador Ciro Gomes (PDT). O senador Eunício Oliveira (PMDB) representava
o segundo grupo de apoio ao período administrativo da Era Lula – Dilma Rousseff
na política cearense, nos últimos 18 meses.
Luiz Cláudio Ferreira Barbosa |
O maior grupo político, que controla o Governo do Estado do
Ceará e os principais municípios cearenses (Fortaleza, Sobral e outros), não será
aliado no primeiro momento ao presidente Michel Temer (PMDB). O Palácio do
Planalto poderá aumentar o poder político-eleitoral da base aliada pró-Michel Temer
no decorrer dos próximos dias, com vários cargos ou autarquias federais, em
solo cearense. A dinâmica da relação institucional do governador Camilo Santana
(PT) e o presidente interino Michel Temer (PMDB), já caminha para um primeiro
momento de confronto, mas poderá haver uma aproximação entre essas lideranças,
em nome da governabilidade.
Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político
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