A semana é decisiva para os
prefeituráveis de Fortaleza. Durante os próximos dias teremos uma série de
pesquisas dos principais institutos (Ibope, Datafolha, Vox Populi). O cenário
de análise política na reta final do pleito eleitoral de 2012.
Qual será o candidato de
oposição? Moroni Torgan ou Heitor Férrer?
O ex – deputado federal
Moroni Torgan está no limite do seu capital político no eleitorado
fortalezense, algo em torno de 23% até 28% das preferências nas pesquisas
quantitativas. A sua ida para o segundo turno só depende da sua quase insustentável
leveza eleitoral. A fuga dos seus tradicionais eleitores que são os mesmos do ex – presidente Luis
Inácio Lula da Silva, como também são os cidadãos – clientes das políticas
públicas da Prefeitura de Fortaleza.
A sua queda , refletida nos
percentuais nas próximas coletas eleitorais, vai representar em boa parte a subida
do candidato petista. Moroni Torgan mantém o discurso de municipalização do
debate público.
Heitor Férrer ficará numa
posição de coadjuvante caso não cresça nas próximas pesquisas de opinião
pública. O pedetista pode sofrer o fenômeno do voto útil do seu eleitor ou
simpatizante em outras candidaturas com perfil de oposição; com possibilidade
da ida do seu eleitor anti – Luzianne – PT para o candidato demista, já o seu
eleitor moderado poderá ir para o candidato cidista – eunicista. O seu eleitor
petista – lulista, já retornou as fileiras eleitorais do candidato petista, o
advogado Elmano de Freitas.
O candidato da base do
Planalto no segundo turno: Roberto Cláudio ou Elmano de Freitas?
As próximas consultas das
empresas de pesquisas ( Ibope – Datafolha – Vox Populi ) serão decisivas aos
postulantes do Partido Socialista Brasileiro e do Partido dos Trabalhadores.
Elmano de Freitas entra numa
fase de crescimento eleitoral na opinião púbica. A diminuição da rejeição da atual
gestão administrativa da Prefeitura de Fortaleza, nas últimas matérias jornalísticas
(televisão, rádio, jornal) em relação aos dados das pesquisas. Surge o efeito
colateral do crescimento das taxas de aprovações positivas da administração pública
do executivo municipal. O candidato petista será o principal beneficiado dessa
fase de aprovação das políticas públicas da prefeita Luzianne Lins na opinião
pública.
Roberto Cláudio teve um crescimento
eleitoral nas pesquisas bem menor do que a expectativa, em função do tamanho de
sua campanha de visibilidade na opinião pública. A sua estratégia de discurso
midiático de candidatura oposicionista a atual gestão municipal de Fortaleza,
pode ser o seu maior trunfo no esvaziamento das outras candidaturas. O seu
outro ponto forte é a sua imagem ligada ao atual governador do estado. O
discurso do realinhamento administrativo entre o governo municipal e o governo
estadual, já demonstra alguns sinais de esgotamento entre os eleitores de
Fortaleza. O fracasso da aliança entre o PT e o PSB na atual gestão municipal,
por si só impõe vários limites nessa peça publicitária do candidato cidista –
eunicista.
Os coadjuvantes no processo
eleitoral de Fortaleza
O candidato tucano, o ex –
deputado estadual Marcos Cals, faz o papel de candidato radical ao antigo bloco
partidário do PSB – PT – PMDB, em contrapartida temos o discurso negativo em
relação as campanhas do Roberto Cláudio e do Elmano de Freitas. A quinta coluna
da candidatura do Moroni Torgan (DEM).
O PSOL ainda mantém o
discurso ideológico com teor moralista de sua candidatura majoritária, com perfil
de esquerda democrática. O advogado Renato Roseno não faz papel de crítico
direto aos dois prefeituráveis que representam o governador Cid Gomes (PSB) e a
prefeita Luzianne Lins (PT). O futuro do bloco PSOL – PCB será a radicalização
das suas peças publicitárias, contra os prefeituráveis das máquinas públicas.
O senador Inácio Arruda (PC
do B) procura espaço vital de sobrevivência na sua candidatura para prefeito de
Fortaleza. O comunista entra num processo de definhamento do seu eleitorado,
sem retorno aos seus altos patamares no inicio das pesquisas. O seu papel como
candidato da oposição ficou indefinido por sua própria equipe de estratégia no
processo eleitoral. O apoio ao PSB não pode ser descartado até o final do
pleito eleitoral, pois, o governador Cid Gomes poderá negociar ainda no
primeiro turno.
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