A pesquisa Datafolha – O Povo que saiu na manhã dessa quarta – feira, sem dúvida traz uma série de novos dados, para nossa conjuntura política do pleito eleitoral de Fortaleza.
A terceira consulta da empresa Datafolha sobre a sucessão municipal de Fortaleza, somente deixa muitas variáveis estatísticas nas pranchetas dos técnicos e dos profissionais nas áreas de comunicações dos principais postulantes.
Moroni Torgan e a necessidade de revisão da estratégia eleitoral
O candidato demista começa sofrer com excesso de exposição no horário eleitoral da sua peça publicitária na área da “Segurança Pública”. A curva descendente na terceira pesquisa Datafolha – O Povo, por si só expõe a necessidade de mudança no discurso programático do ex–deputado federal Moroni Torgan. A sua queda para 22% (estimulada) na última consulta do Datafolha, pode ser início do esvaziamento de suas perspectivas de ida ao segundo turno. O eleitorado anti - Moroni Torgan ainda é muito alto, algo em torno de 36% na pesquisa estimulada.
O eleitorado moronista está no seu limite de apoio ao prefeiturável dos Democratas. A sua marca histórica nos últimos três pleitos eleitorais, que ficou na casa percentual de 19% (2000) até 27% (2004 – 2008). O voto tucano-tassista que migrou no início da corrida eleitoral, para o postulante do DEM, já pode migrar para o candidato pedetista, o médico Heitor Férrer, pois, na racionalidade desse eleitor–cidadão há um desejo de um candidato de oposição no segundo turno.
Heitor Férrer e a sua marca política como parlamentar aguerrido
Nos últimos dias a equipe de produção da campanha do prefeiturável Heitor Férrer, praticamente refez as suas peças publicitárias, veiculando vários comerciais de curta duração (30 segundos) no horário normal (manhã, tarde, noite) da televisão e do rádio, essas inserções foram os grandes responsáveis por essa guinada positiva na campanha do bloco partidário PPS-PDT.
Saiu de cena a peça publicitária do gestor eficiente e do candidato independente, em seu lugar entra a tradicional marca política do deputado estadual Heitor Férrer, pela primeira vez na campanha o eleitor–cidadão reconheceria a velha trajetória de homem público do parlamento, nos comerciais eleitorais do PDT–PPS.
Heitor Férrer deverá dialogar com os eleitores que o têm como segunda opção de voto. Entre os jovens que apoiam o candidato do PSOL, como também os votantes no candidato tucano Marcos Cals.
O cenário estático para os candidatos das máquinas públicas
O médico Roberto Cláudio teve um início de campanha eleitoral no nível de governador. O discurso do “Choque de Gestão Pública” foi primordial para o seu crescimento da primeira pesquisa Datafolha – O Povo em relação à segunda. Na terceira consulta de opinião pública do grupo de comunicação O Povo, a fadiga do seu material publicitário, é notória, pois, não teve o crescimento esperado pelo staff político–administrativo do governador, Cid Gomes (PSB), e do senador Eunício Oliveira (PMDB): o patamar de 17% na pesquisa estimulada. O discurso de realinhamento das políticas públicas da Prefeitura de Fortaleza com o Governo do Estado, não impressiona o eleitor fortalezense após o fracasso dessa parceria na atual gestão municipal (2009 - 2012).
O candidato petista, o advogado Elmano de Freitas, no primeiro momento foi beneficiado por sua campanha publicitária com teor de nacionalização do seu programa de governo. O alinhamento da gestão municipal com o Planalto, numa bela peça televisiva/radiodifusiva com o ex–presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o seu crescimento foi meteórico em poucas semanas. O seu quase não crescimento nessa ultima pesquisa do Datafolha – O Povo, onde ficou com 16% na pesquisa estimulada, constata o primeiro sinal de esgotamento da federalização da corrida municipal de Fortaleza, essa peça publicitária não foi viável na estratégia eleitoral das campanhas petistas em Recife (PE) e no Belo Horizonte (MG).
Renato Roseno e o voto da classe média
A mudança do discurso do prefeiturável do PSOL nos seus comerciais, como também no seu programa do Horário Eleitoral Gratuito, foi responsável pelo maior crescimento na terceira pesquisa do Datafolha – O Povo. Quase dobrou os seus percentuais na pesquisa estimulada, saindo de 5% para 8% na preferência da opinião pública.
Renato Roseno só não contava com o crescimento do postulante pedetista, o deputado estadual Heitor Férrer. Nessa disputa à parte nos setores progressistas da classe média fortalezense. O voto útil num candidato progressista pode decidir a chegada do candidato com perfil esquerdista, com discurso de moralização da administração pública.
O destino certo de incertezas para os candidatos: Inácio Arruda e o Marcos Cals
O discurso propositivo na área de administração pública municipal do candidato tucano, o ex–deputado estadual Marcos Cals, como o seu papel de “prefeiturável questionador” do fracasso da aliança administrativa entre a prefeitura e o governo estadual nas políticas públicas conjuntas no munícipio de Fortaleza, quase não ajudaram sua campanha. O seu capital político de 3% na preferencia eleitoral na pesquisa estimulada, praticamente dentro da margem de erro.
O eleitorado flutuante de centro–direita (tassista–tucano) que no primeiro momento apoiou a candidatura do Moroni Torgan (DEM), nesse segundo momento, já começa a migrar para o candidato Heitor Férrer (PDT). Heitor Férrer tem diálogo mais tranquilo com a cúpula tucana, como também enorme facilidade de criação de pontes com o eleitor da classe média tassista, bem diferente do candidato Moroni Torgan que tem enorme rejeição entre os simpatizantes do ex – senador Tasso Jereissati (PSDB).
O candidato comunista, o senador Inácio Arruda, manteve o seu eleitor cativo nessa última sondagem do Datafolha – O povo. A migração para os candidatos com padrinhos fortes (Roberto Cláudio e Elmano de Freitas) já não causam desidratação eleitoral no postulante do PC do B. O baixo índice de 6% na pesquisa estimulada, não permite o mesmo participar do segundo turno.
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
ResponderExcluir