quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Ciro Gomes e o novo campo democrático sem Lula - Marina Silva e o diálogo eleitoral com PDT-PSB-PC do B

O provável presidenciável pedetista, o advogado Ciro Gomes, já começa o processo de discussão do campo político democrático ou antigo campo centro-esquerda do país, sem a candidatura presidencial do petista Luiz Inácio Lula da Silva do Partido dos Trabalhadores. Ciro Gomes tem compreensão do processo rápido e gradual de deterioração do capital político do Lula perante aos novos fatos negativos: o discurso anti-Moro e o julgamento no TRF-4. O PDT deverá começar uma série de críticas ao PT, em relação à possibilidade do campo democrático brasileiro não ter representante no segundo turno da eleição presidencial de 2018.

O Partido dos Trabalhadores não esperava que o processo jurídico no Tribunal Regional Federal da Quarta Região corresse tão rápido, ao ponto de já marcar o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 24 de janeiro de 2018. Lula perdeu a capacidade política-eleitoral de reorganizar o campo democrático numa coligação partidária: PT-PSB-PDT e o PC do B. A direção nacional pedetista deverá cobrar responsabilidade politica ao Partido dos Trabalhadores pela fuga do cidadão-eleitor lulista, para a pré-candidatura presidencial da ex-senadora Marina Silva (Rede), nas regiões sul, sudeste, norte e centro-oeste, já na região nordeste o grande beneficiado é o ultranacionalista Jair Messias Bolsonaro (PEN). 

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT)  não vai esperar o ex-presidente Lula tentar impor a substituição do seu nome por alguém do Partido dos Trabalhadores, em detrimento dos outros postulantes do campo democrático. Ciro Gomes deverá defender o processo da operação Lava-Jato e o seu apoio popular na sociedade civil, assim como abandono do discurso de golpe, no caso específico do impedimento do mandato da presidente Dilma Rousseff pelo Congresso Nacional e o STF. 

A pré-candidata a presidência da República, a ex-senadora Marina Silva, deverá ser procurada por essa nova frente partidária (PDT-PSB-PC do B) de centro-esquerda, sem a presença do Partido dos Trabalhadores. Marina Silva e a direção nacional da Rede não tinham dúvida da necessidade da construção de um novo campo democrático, em função do derretimento político-eleitoral do ex-presidente Lula nos seus processos jurídicos. O pedetista Ciro Gomes pode começar o processo de aproximação do campo democrático, com o grupo político de Marina Silva, para construção simbólica da nova centro-esquerda brasileira, nas eleições de 2018. 



Luiz Cláudio Ferreira Barbosa sociólogo e consultor político 

Fortaleza, 14 de Dezembro de 2017


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