quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Fevereiro Político - Joaquim Levy e a aliança com Eduardo Cunha

A presidente Dilma Rousseff (PT) atravessou o mês de fevereiro como refém das circunstâncias negativas do início do seu segundo mandato. A eleição do presidente da nova mesa diretora da Câmara para o biênio 2015-2016, o deputado federal peemedebista Eduardo Cunha, já se tornou  responsável pela reestruturação da equipe de articulação do Planalto que ocorreu na última semana do mês, com a entrada do ministro das Minas e Energias, Eduardo Braga (PMDB), na equipe de negociação das medidas provisórias com a base aliada, num universo totalmente petista.

O vice-presidente da República, o jurista Michel Temer (PMDB), abriu as portas do Palácio Jaburu para o encontro da cúpula nacional do PMDB, com a equipe econômica da presidente Dilma Rousseff (PT). A reunião que se realizou na segunda feira (22/02) ocorreu sob o comando do ministro da Fazenda, o economista Joaquim Levy, com a participação do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, como representante oficial do Planalto. O PMDB num primeiro momento vai apoiar as medidas do ajuste fiscal que tramitam no Congresso Nacional.

A presidente Dilma Rousseff (PT) procura recuperar a sua articulação política, tendo no ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o seu maior articulador político após o mesmo nos últimos dias convencer as bancadas do PMDB e do PSD a apoiarem as medidas orçamentárias do Planalto, no Congresso Nacional. O Governo Federal iniciou uma série de reuniões com os lideres dos partidos aliados durante a última semana do mês de fevereiro, com a intenção de recuperar o prestigio da cúpula palaciana mais próxima de Dilma Rousseff (PT), que é o triunvirato ministerial: Pepe Vargas (Relações Institucionais), Miguel Rosseto (Secretaria - geral) e Aloizio Mercadante (Casa Civil).

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) procura criar novas pontes de interlocução com os peemedebistas, em especial com o presidente da Câmara, o deputado federal carioca Eduardo Cunha. Ocorrerá uma negociação direta, com a cúpula estadual do PMDB do Rio de Janeiro, com a coordenação do ex-governador Sergio Cabral (PMDB) e o atual governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), para diminuição da zona de atrito entre o Planalto e o PMDB. Eduardo Cunha no encontro da última segunda-feira, com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, já declarou apoio às medidas do Ajuste Fiscal no Congresso Nacional.

A presidente Dilma Rousseff (PT) não tem margem de manobra para evitar as demandas reprimidas do PMDB e dos partidos aliados na relação do Executivo com o Legislativo, pois já é refém dessa agenda política-administrativa no mês de fevereiro, com as negociações dos cargos do segundo escalão, como por exemplo DNOCS e BNB. Os protestos dos sindicatos dos caminhoneiros na última semana do mês, nas principais rodovias brasileiras, sem dúvida, não é bom presságio para o inicio do mês de março.

      Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político.



terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Camilo Santana e a Herança Política de Cid Gomes


Camilo Santana e a Herança Política de Cid Gomes – O Ônus Político – Administrativo do Cidismo: Premium II e o Aquário Fortaleza – Ceará.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Artigo no Blog do Eliomar de Lima: Salmito Filho pode assumir papel de lider municipal em Fortaleza

Com o título “Salmito Filho e a Reinvenção da Liderança Municipal”, eis artigo do sociólogo e consultor político Luiz Cláudio Ferreira Barbosa.
http://blog.opovo.com.br/blogdoeliomar/salmito-filho-pode-assumir-papel-de-lider-municipal-em-fortaleza/
O processo de globalização da política, por pouco, não foi responsável pelo desaparecimento das lideranças municipais, para dar lugar a uma gama de políticos com representações nos campos de atuação da política nacional e estadual. O município ficou dependente das políticas públicas administrativas do Governo Estadual, com os recursos financeiros do Governo Federal.
O ex-governador Cid Gomes (PROS) foi o maior exemplo da maximização de uma liderança estadual com os recursos do Governo Federal (Lula – Dilma), em detrimento das lideranças municipais, chegando ao ponto de reeleger a ex-prefeita Luzianne Lins (PT) no pleito eleitoral de 2008, na cidade de Fortaleza; como também eleger o atual prefeito Roberto Cláudio (PROS) quatro anos (2012) depois, como também aconteceu com maioria dos prefeitos nos municípios cearenses.
O atual governador do Ceará, o agrônomo Camilo Santana (PT), não obteve sucesso como liderança municipal, quando tentou ser prefeito do município de Barbalha, pois primeiro se tornou uma liderança estadual como secretário e depois como deputado, para hoje ser uma liderança nacional, em construção na política cearense. O atual prefeito da capital, o médico Roberto Cláudio (PROS), teve uma ascensão rápida na Assembleia Legislativa do Ceará, como vice-líder da bancada do Governo Estadual e depois presidente da Casa, para depois ser o maior líder político-administrativo da cidade de Fortaleza.
A bancada cearense ( Eunício Oliveira, Tasso Jereissati, José Pimentel) no Senado tem participação política efetiva somente na arena nacional e na arena estadual, com pouca participação nas políticas locais, como grandes lideranças municipalistas. A bancada cearense da Câmara tem a mesma peculiaridade de parlamentares atuantes no campo político nacional e estadual, com pouca atuação efetiva nas políticas locais, mas somente, em função das emendas parlamentares para os municípios.
A liderança municipal sofre esse esvaziamento de suas funções políticas, por isso, cada vez mais é dependente dos políticos estaduais e dos chefes dos executivos (Estadual – Nacional), o único caso raro da política fortalezense nos últimos anos é o vereador e presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, Salmito Filho (PROS), pois exerce uma liderança de atuação local, em primeiro plano. Salmito Filho sempre priorizou a construção simbólica da sua liderança política no imaginário popular do fortalezense, para depois se firmar como presidente do legislativo municipal e há pouco tempo como secretario municipal (Fortaleza) de Turism. Salmito vem se consolidando como uma liderança estadual, com espaço no campo político nacional.
O presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, o sociólogo Salmito Filho, deverá ser á principal liderança da política cearense centralizada no debate público das questões municipais. O legislativo municipal de Fortaleza através da atual mesa diretora vai imprimir uma série de ações públicas para redefinir os marcos regulamentadores do Plano Diretor, com influência nas áreas de Mobilidade Urbana, Saúde, Educação e até Segurança Pública. Salmito Filho vai reinventar o papel da liderança municipal, com influência na política estadual através de várias parcerias com as câmaras municipais, como fórum local das políticas públicas do Planalto na Região Metropolitana de Fortaleza, com uso do plenário e dos canais de comunicação: TV Fortaleza e Rádio Fortaleza.
* Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político.

Artigo no Jornal O Estado: Ressaca Política - Dilma Rousseff e o Cenário Negativo Pós - Carnaval

O artigo que foi publicado na Quinta - Feira, 19 de Fevereiro de 2015, no Caderno Opinião do Jornal O Estado.Titulo: Ressaca Política - Dilma Rousseff e o Cenário Negativo Pós - Carnaval.
http://www.oestadoce.com.br/noticia/ressaca-politica


O final do período carnavalesco no Brasil é sempre considerado o início do ano produtivo, para a grande maioria da população, com enorme efeito psicológico nas mudanças do dia a dia do cidadão-contribuinte daqui pra frente. A presidente Dilma Rousseff (PT) se reuniu com o seu conselho político na véspera dessa importante festa popular, e a mesma tomou a decisão de retornar as entrevistas nos meios de comunicação sobre o seu segundo governo e os seus desafios.

O vice-presidente Michel Temer (PMDB) não faz parte do conselho político da presidente Dilma Rousseff (PT), assim como também nenhum outro peemedebista, por isso o PMDB vai procurar coordenar os trabalhos conjuntos do presidente da Câmara, o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB) e do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), à margem do Planalto e do Partido dos Trabalhadores. O PMDB resolveu adotar essa postura após o festejo do carnaval.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai iniciar uma maratona de participações em eventos regionais pelos 35 anos de fundação do Partido dos Trabalhadores. A executiva nacional do PT sob a liderança do presidente Rui Falcão, já teme um estrago ainda maior na imagem da agremiação partidária no episodio do processo Lava Jato do Ministério Público do Paraná, por isso da necessidade do ex-presidente Lula vir a público como o principal líder da refundação interna e externa do partido para sociedade civil. O PT tem medo de ser varrido dos principais centros urbanos nos pleitos eleitorais municipais de 2016, por isso precisa ser o partido do Lula é menos o partido da Dilma Rousseff, com o fim do período carnavalesco.

O senador e presidente nacional do PSDB, o mineiro Aécio Neves, deverá reunir a executiva nacional para avaliar o cenário político após o termino do carnaval, em função do início dos preparativos das manifestações cívicas anti-Dilma Rousseff (PT) nos próximos dias, estando o mais importante  previsto para o dia 15 de março nos principais centros urbanos brasileiros. Aécio Neves precisa realinhar o discurso de oposição tucana, com os eventos negativos nas administrações regionais: São Paulo e Paraná. Os tucanos poderão ser alvos das manifestações no mesmo nível do Governo federal, em algumas cidades.

A ressaca política deixada pela passagem do carnaval, com certeza vai movimentar as redes sociais entre os defensores e os adversários do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT).  A presidente Dilma Rousseff (PT) deverá aumentar a sua participação nos principais veículos de comunicação, nos próximos dias, para esvaziar as manifestações populares do dia 15 de março, como resposta as oposições sobre o processo do Lava Jato da Petrobras. O ano dos confrontos políticos nas redes sociais e nas praças já teve início com o fim do carnaval.

   Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político.


quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Dilma Rousseff e os Pré – protestos no Carnaval – O Carnaval 2015 como anti-sala dos Movimentos de 15 de Março.



Dilma Rousseff e os Pré – protestos no Carnaval – O Carnaval 2015 como anti-sala dos Movimentos de 15 de Março.

Artigo no Jornal O Estado - Popularidade Política - A Impopularidade de Dilma Rousseff

O artigo que foi publicado na Quinta - Feira, 12 de Fevereiro de 2015, no Caderno Opinião do Jornal O Estado.Titulo: Popularidade Política - A Impopularidade de Dilma Rousseff. 

A presidente Dilma Rousseff (PT) completa os seus quarentas primeiros dias de sua segunda gestão pública, com um cenário de queda de popularidade bem acentuada, de acordo a pesquisa Datafolha: apenas 23 por cento avaliam a sua gestão como ótima ou boa, no mês de fevereiro. Em dezembro, este percentual era de 42 por cento. A desaprovação pessoal da presidente disparou, com 44 por cento dos entrevistados apontando sua administração como ruim ou péssima.

O presidente da Câmara, o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não poupou nenhum esforço político para abrir uma nova CPI Mista da Petrobras, com a participação dos senadores. Eduardo Cunha demonstra que tem o controle do baixo clero dos congressistas, com certeza já tinha os dados antecipados da queda da popularidade da presidente Dilma Rousseff (PT). O presidente do Senado, o parlamentar Renan Calheiros (PMDB-AL) deverá ser o grande articulador político- administrativo do Planalto nas futuras votações no Congresso Nacional, nos próximos meses.

O Planalto tem pela frente uma missão quase impossível de aprovar, num Congresso Nacional (Senado/Câmara) nada amistoso, com uma base aliada estremecida e uma oposição mais organizada, duas medidas provisórias (MPs) com conteúdos  sobre ajustes nas regras para acesso as pensões por morte e a seguro- desemprego e abono salarial, além da medida que eleva as alíquotas de PIS/Pasep e Confins sobre a importação de mercadorias, propostas tidas como impopulares na opinião pública e nos setores organizados dos movimentos sociais.   

A presidente Dilma Rousseff (PT) ainda tem outra pauta problemática para o Congresso Nacional, que inclui ainda o Orçamento para este ano, proposta para o reajuste do salário mínimo, e a prorrogação da Desvinculação de Receitas da União (DRU), pois esse mecanismo é que vai permitir ao Planalto remanejar livremente 20 por cento do que arrecada com prazo final, em dezembro de 2015. Dilma Rousseff tem noção de suas dificuldades nos próximos dias, que foram acentuadas, com seus baixos índices de popularidade.

O núcleo político do Palácio do Planalto não tem perspectiva a curto prazo de recuperação da popularidade da presidente Dilma Rousseff (PT) entre os brasileiros. Dilma Rousseff somente trabalha com a recuperação da imagem administrativa de sua segunda gestão pública, para o biênio 2017- 2018, para tentar ter novamente  sucesso na  presidência da República. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já começa a preparar o Partido dos Trabalhadores para os dias difíceis do início da quarta administração petista à frente do Governo Federal.

                              Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, Sociólogo e Consultor Político.

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, Sociólogo e Consultor Político

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Dilma Rousseff e a Queda da Popularidade no Ceará



Dilma Rousseff e a Queda da Popularidade no Ceará – O governador Camilo Santana e a reinvenção do lulismo cearense.

Artigo no Jornal O Estado - Dilma Rousseff e a Relação Política: Renan Calheiros e Eduardo Cunha

O artigo que foi publicado na Quinta - Feira, 05 de Fevereiro de 2015, no Caderno Opinião do Jornal O Estado.Titulo: Dilma Rousseff e a Relação Política: Renan Calheiros e Eduardo Cunha.
http://www.oestadoce.com.br/noticia/congresso-nacional-1

A presidente Dilma Rousseff (PT) terá nos próximos dois anos uma relação de negociação permanente, com os atuais presidentes das casas do Congresso Nacional, os peemedebistas: Renan Calheiros (Senado) e Eduardo Cunha (Câmara). O presidente do Congresso Nacional, o senador Renan Calheiros (PMDB) e o presidente da Câmara, o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB),  têm interesse  em realizar um realinhamento político-administrativo do Legislativo com o Executivo, como foi feito nas últimas legislaturas.

O Palácio do Planalto necessita aprovar medidas polêmicas no Congresso Nacional (Senado / Câmara), como o ajuste fiscal e a revisão das regras previdenciárias e trabalhistas. Ainda temos uma votação polêmica em andamento que é a análise do veto presidencial ao reajuste da tabela de Imposto de Renda em 6,5%. O presidente do Senado, o peemedebista Renan Calheiros, que também preside as sessões no Congresso Nacional, quer colocar as matérias em pauta.

O novo presidente da Câmara, o deputado federal peemedebista Eduardo Cunha (RJ), não pretende disputar espaço, com o seu companheiro de partido, o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), em relação à articulação política do Congresso Nacional e do Planalto. Eduardo Cunha precisa reabrir o Orçamento de 2015 para que os novos deputados eleitos em outubro passado e empossados  no domingo (01/02) possam fazer emendas ao texto, por isso existe a necessidade de uma boa relação, com o Planalto, para atender aos interesses dos novos parlamentares.

A presidente Dilma Rousseff (PT) compreende o papel decisivo do Congresso Nacional para aprovação do seu novo pacote de Ajuste Fiscal. O  presidente do Senado, o peemedebista Renan Calheiros (AL), já procurou o seu colega de agremiação partidária, o presidente da Câmara, o deputado federal Eduardo Cunha, para formar um triunvirato, com a participação do vice-presidente da República, o peemedebista Michel Temer (SP), para negociar uma agenda comum do Legislativo e do Executivo, numa linha direta, com a presidente Dilma Rousseff (PT).

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), tem um filho governador de Alagoas, com sério problema de caixa nas finanças públicas, por isso não pode entrar, em conflito, com a equipe econômica do Planalto. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), precisa revisar a proposta orçamentária de 2015, que foi aprovada, em dezembro de 2014, na Comissão Mista do Orçamento (CMO), sem votação no Congresso Nacional, para aprovação das emendas parlamentares dos novos deputados federais, ainda nesse ano. 

                                      Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, Sociólogo e Consultor Político.


Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, Sociólogo e Consultor Político