quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Artigo no Jornal O Estado - Aliança PR – PSDB no Ceará

O artigo que foi publicado na quarta - feira, 18 de Dezembro de 2013, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:
http://www.oestadoce.com.br/noticia/alianca-pr-psdb-no-ceara#.UrGTAFXyqEg.twitter

A união das oposições na política cearense está reduzida apenas a uma aliança estratégica do Partido da República e do Partido da Social Democracia Brasileira, para o pleito eleitoral de 2014. É mais simbólico no campo eleitoral do que realmente uma proposta político-administrativa de se fazer oposição institucional.
O Partido da República montou uma boa chapa proporcional para eleger uma bancada de três deputados estaduais na Assembleia Legislativa do Ceará. O PR tem boas chances de eleger dois representantes para Câmara Federal, no próximo pleito eleitoral, na bancada cearense. Os republicanos montaram uma tática de crescimento das bancadas legislativas, para sobreviver, como o maior partido de oposição ao governo estadual.

O Partido da Social Democracia Brasileira tem somente um representante legislativo no Congresso Baixo (Câmara), o atual deputado federal Raimundo Gomes de Matos, que atua como único parlamentar visível entre os tucanos cearenses. O PSDB está esvaziado como opção político-administrativa de oposição ao bloco partidário do governador Cid Gomes (Pros). O futuro dessa agremiação partidária é totalmente dependente da aliança eleitoral, com o PR no próximo pleito eleitoral.
O ex-governador Lúcio Alcântara (PR) tem sido a principal liderança de oposição nos últimos sete anos, com um histórico de se colocar contrario eleitoralmente ao condomínio político-administrativo dos irmãos Gomes, nas últimas eleições ao governo do estado do Ceará: 2006 e 2010. Lúcio Alcântara não será précandidato ao executivo no próximo pleito eleitoral, como a melhor alternativa do bloco partidário de oposição (PR – PSDB), então, com este fato, o seu papel será o de articulador ou mentor dos futuros parlamentares eleitos, no campo oposicionista.
O ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) não procura ser uma liderança oposicionista pontual ou atuante na política cearense. Tasso Jereissati tem atuação marcante na construção do palanque nacional do presidenciável tucano, o senador Aécio Neves (MG), como um conselheiro na área econômica entre os empresários. A seção estadual do PSDB está sob a coordenação do ex-deputado estadual Luiz Pontes, que assumiu no início desse ano.
A única função da aliança PR-PSDB será de sobrevivência eleitoral ao grande bloco partidário (Pros – PT - PMDB)  do governador Cid Gomes, após o pleito eleitoral de 2014. O fato mais inédito nessa aliança meramente pontual, é que o ex-governador Lúcio Alcântara (PR) e o ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) não negociaram diretamente, entre si, somente através de intermediários, dificultando, com essa atitude, a construção de uma chapa majoritária competitiva de oposição: governador; vice-governador e senador.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Artigo no Blog Eliomar de Lima - Para onde Lúcio e Tasso seguirão mesmo em 2014?

Com o título “Os conselheiros políticos da coligação PR–PSDB: Lúcio Alcântara e Tasso Jereissati”, eis artigo do professor e sociólogo Luiz Cláudio Ferreira Barbosa sobre os impasses para a formação de uma frente ampla das oposições no Ceará em 2014. Ele destaca Lúcio Alcântara e Tasso Jereissati como grandes líderes para tocar esse barco, mas os vê também reticentes em termos de disputar mandato. Confira:

O ex-governador Lúcio Alcântara (PR) vai iniciar uma maratona contra o tempo, para a construção de uma chapa majoritária composta pelas forças de oposição ao Palácio da Abolição. Lúcio Alcântara tem plena compreensão da difícil missão de unir um palanque estadual, com vários interesses conflitantes, entre os seus aliados.
O ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) ainda mantém suspense sobre a sua pré-candidatura ao Senado, no próximo pleito eleitoral. A direção nacional do Partido da Social Democracia Brasileira tem feito vários apelos, para que essa liderança tucana cearense, aceite ser candidato, para puxar uma boa votação para presidenciável Aécio Neves, em terras alencarinas.
O ex-prefeito de Maracanaú, o empresário Roberto Pessoa (PR), e o ex- senador Luis Pontes (PSDB), já avançaram nos acertos decisivos da coligação partidária entre o Partido da República e o Partido da Social Democracia Brasileira, para o próximo ano. O fato interessante da futura coligação do PR e do PSDB, é que não houve uma única reunião conjunta dos ex-governadores Lúcio Alcântara e Tasso Jereissati. A última reunião desses dois ícones da política cearense foi no ano de 2006, na cidade de Brasília.
Essa coligação tem um problema que é a não existência de um único nome das fileiras da coligação PR- PSDB, para ser um candidato competitivo ao cargo de governador do Estado do Ceará. Os dois principais nomes dessa aliança oposicionista são os ex-governadores, que não desejam mais serem candidatos aos cargos majoritários, mas somente querem atuar como conselheiros dos futuros pré-candidatos da aliança das oposições, no pleito eleitoral de 2014.
O ex-governador Lúcio Alcântara (PR) mantém em suspenso uma futura pré- candidatura, para Câmara Federal, com boas chances de não fazer essa postulação, no próximo ano. O ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) deseja lançar uma candidatura competitiva ao Senado, somente no caso de certeza da vitória eleitoral, o mais provável nesse caso, será a não postulação. Lúcio Alcântara e Tasso Jereissati são maiores do que o papel de conselheiro da coligação PR e PSDB, para o pleito eleitoral estadual de 2014.
* Luiz Cláudio Ferreira Barbosa,Socíólogo e Consultor Político.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Artigo no Jornal O Estado - Eduardo Campos e o PPS

O artigo que foi publicado na quarta - feira, 11 de Dezembro de 2013, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:
O presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro, o governador pernambucano Eduardo Campos, recebeu o apoio do Partido Popular Socialista, para a sucessão presidencial de 2014. A nova esquerda democrática já nasceu sob a perspectiva da primeira chapa majoritária formada por ex-lulistas, que será adversária do projeto de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).
O diretório nacional do PPS não reeditou sua adesão ao bloco partidário PSDB – DEM (PFL), como nas últimas duas eleições presidênciais: 2006 e 2010. O ex -Partido Comunista Brasileiro, tem por tradição político-eleitoral, ser oposição ao governo federal nos últimos oito anos (2005 – 2013). O preço em termos ideológicos foi sempre fazer coligações, com os partidos de centro-direita, por isso dessa guinada, para o centro-esquerda, no campo eleitoral.

O presidente nacional do PPS, o deputado federal Roberto Freire (SP), não acreditava na existência da parceria demo – tucano como uma saída, para o seu partido, na sucessão presidencial de 2014. O PPS já vinha minguando em termo de quociente eleitoral, correndo enorme perigo de ser apenas uma sigla nanica, no próximo Congresso Nacional (2015 – 2018), sem direito à liderança e ao fundo partidário. O futuro do bloco socialista ainda dependente dos votos estratégicos da Marina Silva e da REDE, nos grandes centros urbanos.
O PSB esperava com ansiedade causar a vinda de outro partido da base de sustentação da presidente Dilma Rousseff (PT), para a criação de um bloco partidário dissidente do Planalto. A não concretização desse processo político – eleitoral, por si só, jogou os socialistas no colo do PPS, com isso será o novo partido anti-petista, no espectro ideológico.
O presidenciável Eduardo Campos deseja ser o novo líder do lulismo sem Lula, como Marina Silva (AC) foi no último pleito eleitoral de 2010, sem ônus do anti – lulismo na região do Nordeste, onde essa postura é considerada um suicídio político-eleitoral para os candidatos aos governos estaduais dos socialistas: Pernambuco e Paraíba. O Partido dos Trabalhadores deverá iniciar uma campanha para enquadrar o PSB na mesma categoria do PPS, como sendo  dois partidos anti-lulistas, no pleito eleitoral de 2014, para presidente da República, nos principais estados da Federação.
O núcleo político do PSB não deseja construir outra frente partidária de oposição radical ao Planalto, pelo contrário, o interesse era a construção de uma dissidência nas fileiras do lulismo, sem, com isso, queimar a ponte do segundo – turno de apoio à presidente Dilma Rousseff (PT), no pleito eleitoral de 2014. O PSB ainda mantém alianças estratégicas com o PT, em estados chaves da sua geopolítica: Amapá e Rio de Janeiro.


domingo, 8 de dezembro de 2013

À Nova Esquerda Democrática: PPS e o PSB

O Partido Popular Socialista sinalizou na sua convenção nacional realizada nesse último final de semana, na cidade de São Paulo, o apoio a pré- candidatura do governador Eduardo Campos, para a presidência da República, no próximo ano. O Partido Socialista Brasileiro saiu somente nesse ano da base governista da presidente Dilma Rousseff (PT), com a adesão do PPS, o seu discurso será de radicalização oposicionista na sucessão presidencial.

O PPS já fez parte da base governista do primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003 – 2006), mas saiu no ano de 2005, com isso passou a ser o primeiro partido de esquerda a se opor ao Governo Federal, depois da chegada do Partido dos Trabalhadores ao poder. O PPS sempre manteve os seus quadros intelectuais na vanguarda das críticas negativas ao legado político-administrativo dos governos lulistas-petistas (Lula – Dilma), nas últimas duas campanhas presidenciais (2006 – 2010), como membro da coligação partidária da chapa majoritária do Partido da Social Democracia Brasileira: Geraldo Alckmin (2006) e José Serra (2010).

Sociólogo Luiz Cláudio Ferreira Barbosa
O governador Eduardo Campos (PSB) necessitava com certa urgência do apoio do Partido Popular Socialista, para as suas pretensões de ser presidenciável, no próximo ano. O presidente nacional do PPS, o deputado federal Roberto Freire (SP), já compreendeu que não pode deixar o PSB, num estado de isolamento provocado pelo Planalto. O PSB não conseguiu atrair outro partido da base de sustentação do Governo Federal, para fazer parte da sua coligação, para a sucessão da presidente Dilma Rousseff (PT).

O Partido Socialista Brasileiro somente rompeu com o Planalto no final do terceiro ano de mandato da atual chefe do executivo do Governo Federal, após dez anos de participação da Era Luiz Inácio Lula da Silva / Dilma Rousseff (2003 – 2013), a frente da administração pública no Palácio do Planalto. O ex- ministro Eduardo Campos (PSB) não tinha um discurso oposicionista ao lulismo-petista, mas com adesão do PPS, essa lacuna foi preenchida, no campo ideológico da Nova Esquerda Democrática.

A coligação PSB – PPS deverá apoiar a reeleição do governador Geraldo Alckmin no Estado de São Paulo. Os palanques regionais pepesistas no Maranhão, Distrito Federal e Amazonas, já deverão receber apoio incondicional dos socialistas, como também irão formar palanques duplos, com o PSDB – DEM nos estados de Minas Gerais, Paraná e Goiás, já sairão fortalecidos nas mesas de negociações das oposições ao Governo Federal. O PSB vai receber o apoio do PPS nos estados onde tem primazia devido a sua força eleitoral: Amapá, Espirito do Santo, Paraíba e Piaui.

O governador pernambucano Eduardo Campos (PSB) terá a missão de recuperar o Partido Popular Socialista em sua terra natal. O PPS representava a oposição de esquerda ao PSB em Pernambuco. A construção da Nova Esquerda Democrática deverá ser o fim do isolamento do PSB entre os partidos das oposições, por outro lado, já não existe mais volta para formar uma aliança, com o PT, num futuro próximo, a nível nacional.




Artigo no PoliticaBook - Marcelo Mendes e a solidificação do movimento pró- Eunicio Oliveira

O senador Eunício Oliveira (PMDB) se encontra em plena campanha interna no condomínio político-administrativo do governador Cid Gomes, para ser o provável candidato da chapa majoritária do bloco partidário governista (PROS – PT – PMDB).  Eunicio Oliveira praticamente não tem simpatizantes na sua pré – campanha nos dois principais partidos (PROS – PT) da base aliada cidista- petista.

O presidente estadual do PMDB, o empresário Eunicio Oliveira, nunca construiu um grupo político independente do Governo do Estado do Ceará, pois acreditava na sua candidatura natural apoiada pelo o seu principal aliado, o atual chefe do executivo, o engenheiro Cid Gomes (PROS). A realidade tem sido cruel, tornando nada fácil a realização deste plano do Partido do Movimento Democrático Brasileiro, em função da política interna do Partido Republicano da Ordem Social seção local (Ceará) de ter uma candidatura própria, para governador, com apoio do Planalto.


Sociólogo Luiz Cláudio Ferreira Barbosa

O secretário estadual de Saúde, o advogado Ciro Gomes, não esconde o desejo de fazer indicação do pré-candidato do PROS, em comum acordo, com o seu irmão, o governador Cid Gomes, com apoio irrestrito do líder da bancada petista na Câmara, o deputado federal José Nobre Guimarães (CE), pois esse último, será indicado para vaga de candidato ao Senado, na chapa majoritária, abençoada pela presidente Dilma Rousseff (PT).

O empresário Marcelo Mendes (PMDB) sempre foi a única liderança eunicista, com iniciativa própria de criar uma base social-política para o presidente estadual do PMDB, com pouca dependência dos Irmãos Gomes e do PT- Planalto. Marcelo Mendes liderou o primeiro movimento pró-Eunicio Oliveira no ano de 2009, durante a pré-campanha para senador, junto aos vereadores da Câmara Municipal de Fortaleza, mas no período desse movimento, o deputado federal Eunicio Oliveira (PMDB), não desejava criar um mal-estar, com o governador Cid Gomes e a prefeita fortalezense Luzianne Lins (PT).

O ex-vereador Marcelo Mendes no pleito eleitoral de 2010, fez campanha para o ex-governador Lúcio Alcântara (PR), sendo a única liderança eunicista a assumir para o público cearense, a chapa proporcional para as duas vagas no Senado: Eunicio Oliveira (PMDB) e Tasso Jereissati (PSDB). Marcelo Mendes faz parte dos quadros do Partido do Movimento Democrático Brasileiro, com ímpeto de fazer uma pré-campanha nas redes sociais ( Facebook, Twitter e outras), em defesa do debate público, para que o senador Eunício Oliveira seja candidato à sucessão estadual de 2014, com apoio de setores da sociedade civil.


Os principais quadros do Partido Republicano da Ordem Social são favoráveis à candidatura própria para sucessão estadual do governador Cid Gomes, assim como, a nova direção estadual do Partido dos Trabalhadores, já declarou que vai compor a chapa majoritária, com o candidato ao Senado. O senador Eunicio Oliveira (PMDB) precisa deflagrar uma campanha na sociedade civil, em defesa da sua postulação, como candidato mais viável do condomínio político administrativo do Governo Estadual e do Planalto. O empresário Marcelo Mendes tem coragem e experiência para fazer essa movimentação suprapartidária, no seio dos novos movimentos populares do espaço público abstrato (Internet), sem nenhuma ligação, com os antigos aliados do senador Eunício Oliveira (PMDB).


quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Artigo no Jornal O Estado - Dilma Rousseff e o Sinal Amarelo

O artigo que foi publicado na quarta - feira, 04 de Dezembro de 2013, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:
A presidente Dilma Rousseff (PT) recuperou parte da sua popularidade nos últimos seis meses, com isso se tornou competitiva eleitoralmente para vencer no primeiro turno da corrida presidencial de 2014. As candidaturas do campo oposicionista ao Planalto não galvanizaram o sentimento de mudança na opinião dos eleitores, em relação as políticas públicas.
O índice de aprovação da presidente Dilma Rousseff (PT) chegou ao patamar de 41% ótimo e bom, de acordo com a última pesquisa de opinião pública do Datafolha. Dilma Rousseff atingiu a sua meta de recuperação de parte de sua popularidade, que havia sido perdida nos setores sociais da nova classe média nos protestos de ruas no final do primeiro semestre desse ano. 

O senador mineiro Aécio Neves (PSDB) não teve o êxito esperado por seus companheiros do Partido da Social Democracia Brasileira nos seus índices eleitorais de opinião pública, obtendo algo em torno de 17% até 19% na última pesquisa do Datafolha, como principal candidato de oposição ao Planalto. Aécio Neves não atraiu para o PSDB a parte do eleitorado lulista descontente com a atual chefe do executivo federal, como também não criou uma imagem de presidenciável competitivo entre os eleitores desejosos de mudanças nas práticas políticas e administrativas do futuro presidente da República.
O governador pernambucano Eduardo Campos (PSB) começa a entrar num processo de correr contra o tempo por não ter crescido eleitoralmente o suficiente para atrair parte dos partidos descontentes da base governista para a sua coligação na sucessão presidencial do próximo ano. Eduardo Campos tem índices modestos de aceitação na opinião pública,  algo em torno de 9% até 11% na pesquisa do Datafolha, para uma candidatura dissidente do Planalto. O PSB espera por uma decisão da cúpula nacional do PPS para fazer uma coligação em nível nacional.
A presidente Dilma Rousseff (PT) já começa a temer o desejo de mudança da opinião pública, em relação às políticas administrativas do Planalto, nos campos: político, social e econômico. O índice foi de 66% de entrevistados descontentes com os atuais rumos administrativos da chefe do executivo do governo federal. O PSDB e o PSB não conseguem atrair a maioria desses eleitores desgostosos, com quase dez anos de administração do Partido dos Trabalhadores.
A opinião pública aprova a presidente Dilma Rousseff (PT) no campo pessoal, isso não é refletido no seu modelo de gestão pública. Essa dicotomia pode ser nefasta nas pretensões eleitorais do Planalto. O PSDB e o PSB não são considerados modelos alternativos à atual administração do governo federal entre os atuais eleitores descontentes da sociedade civil.


Artigo no Blog Eliomar de Lima - A necessidade da Frente Ampla de Oposições ter um projeto alternativo

Com o título “Lúcio Alcântara e Tasso Jereissati numa união tardia na política cearense”, eis artigo do sociólogo Luiz Cláudio Ferreira Barbosa. Ele comenta perspectivas de uma frente ampla de oposição ao Governo Cid Gomes. Segunda - Feira, 02 de Dezembro de 2013. Confira:
As oposições ao governador Cid Gomes (PROS) ainda não montaram um esboço político-administrativo de projeto alternativo à atual administração estadual para o próximo pleito eleitoral de 2014. Não existe nome natural com densidade eleitoral suficiente, pois as alternativas apresentadas por essa frente partidária oposicionista ( PSDB – PR – PRB – PSB), são nomes da base aliada do Governo do Estado do Ceará: o senador Eunício Oliveira (PMDB) e o deputado estadual Heitor Férrer (PDT).
O condomínio político-administrativo do governador Cid Gomes (PROS) não vai se separar em duas frentes com candidaturas próprias ao Governo estadual. A tendência será a indicação natural pelos irmãos Gomes do sucessor do atual chefe do executivo, com a escolha de um quadro do Partido Republicano da Ordem Social, para candidato a governador. O Partido dos Trabalhadores deverá fazer a indicação do candidato ao senador, o principal nome é o deputado federal José Nobre Guimarães (PT). O PMDB deverá ficar com o cargo de vice-governador nessa chapa majoritária da coligação governista (PROS – PT – PMDB).

O ex-governador Lúcio Alcântara montou o principal partido de oposição da política cearense, o Partido da República, que tem condição de fazer uma bancada de deputados estaduais, com três representantes, ainda podendo eleger dois deputados federais, no próximo pleito eleitoral de 2014. O Partido da Social Democracia Brasileira e o Partido da República Brasileira vão necessitar de uma aliança na proporcional com o PR, para elegerem os seus parlamentares nas casas legislativas.
O ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) ainda não se decidiu sobre a sua postulação para o Congresso Alto ou Senado, para o próximo pleito eleitoral. Tasso Jereissati precisa do apoio do ex-governador Lúcio Alcântara (PR) que tem o maior partido de oposição, com estrutura competitiva, entre os partidos contrários ao domínio político – administrativo dos irmãos Gomes, com isso terá a estrutura necessária para se eleger.
O Partido Socialista Brasileiro está em fase de reorganização interna dos seus quadros, com condição mínima para eleger um parlamentar, na coligação proporcional dos partidos de oposições. A empresária Nicolle Barbosa pode ser o nome socialista de consenso para ser a candidata oposicionista ao governado do Ceará, com as outras agremiações partidárias ( PSDB – PR – PRB).
O ex-governador Lúcio Alcântara (PR) deverá ser candidato para deputado federal, com apoio da cúpula nacional do Partido da República, por isso não teria interesse de uma quarta postulação ao cargo de governador do Ceará. A união pessoal desses dois ex- governadores numa mesa de negociação, por si só aumentariam as chances das oposições de construírem uma chapa majoritária competitiva: Governador, Vice – Governador e Senador.
* Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, Sociólogo e consultor político.