segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Os Prós e os Contras do novo partido do Governador Cid Gomes

O governador Cid Gomes caminha para fazer parte dos quadros do Partido Republicano da Ordem Social (PROS), nas próximas horas. Cid Gomes não esperava enfrentar no final do seu sétimo ano de mandato, a sua própria saída do Partido Socialista Brasileiro, na qual era o representante máximo no estado do Ceará. A cúpula nacional do PSB já estudava a expulsão dos irmãos Gomes, mas houve um acerto para uma saída honrosa para os dois lados.

O PROS será a maior agremiação partidária da política cearense, com 5 deputados federais e mais de 10 deputados estaduais, ainda terá mais de 50 prefeitos. A sua maior prefeitura será da cidade de Fortaleza. O seu gigantismo local não é o mesmo a nível nacional, por isso haverá um hiato de proporcionalidade entre essas duas esferas. O PROS tem tudo para ser uma miragem na política partidária do Ceará, já no início de 2015.
Luiz Cláudio Ferreira Barbosa

O presidente nacional do PSB, o governador pernambucano Eduardo Campos, já desejava a reconstrução dos seus palanques estaduais. O PSB fará várias alianças regionais, com o Partido da Social Democracia Brasileira, para o fortalecimento de sua pré-candidatura a presidência da República. A seção cearense do PSB vai manter uma linha de atuação com o PSDB local. O governador Cid Gomes não teria condição de construir essa ligação estratégica com o tucanato cearense, por isso sua saída do ninho socialista.

O governador Cid Gomes ainda mantém o seu discurso pragmático de defesa da reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), como sendo o seu principal palanque em solo cearense. O senador Eunício Oliveira (PMDB) tem aliança com o diretório nacional do Partido dos Trabalhadores, num acordo para a construção do palanque mútuo do PMDB-PT na política local, para servir de ponto de apoio a reeleição da atual mandatária do Planalto. A seção cearense do Partido dos Trabalhadores não abre mão de ser o principal veiculo de propaganda da reeleição da sua candidata natural ao Governo Federal, entre os eleitores do estado.

O PROS não tem esse perfil de ser reconhecido como uma agremiação partidária que representaria a reeleição da presidente Dilma Rousseff, em solo cearense. A  função primordial desse novo partido será apenas de ser o veiculo do grupo dos irmãos Gomes, no pleito eleitoral de 2014. O bloco partidário PMDB-PT não vai abrir mão da supremacia do palanque estadual para a reeleição dos atuais mandatários do Governo Federal, no próximo ano.


O governador Cid Gomes não tem a certeza de ser privilegiado pelo Planalto, como a principal liderança regional, para construção do palanque local da presidente Dilma Rousseff (PT) e do seu vice-presidente, o peemedebista Michel Temer, para reeleição dessa chapa majoritária na eleição presidencial de 2014. A candidatura própria do PROS precisaria do aval dos seus aliados mais próximos ( PMDB-PT), pois ambos são representantes diretos do Planalto no Ceará.

 Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político


sábado, 28 de setembro de 2013

Cid Gomes e a negação do palanque cearense para aliança PSB - PSDB

O governador Cid Gomes (CE) procura conter os estragos na área política-eleitoral da saída do seu grupo do Partido Socialista Brasileiro. O PSB foi por oito anos o seu domicilio partidário, com carta branca para negociar independente da cúpula nacional, o exemplo maior, era o seu Ministério na cota pessoal da presidente Dilma Rousseff (PT), onde o governador do Ceará escolhia o nome sem intervenção do partido.

O presidente nacional do PSB, o governador pernambucano Eduardo Campos, já começa a organizar a sua candidatura para presidência da República, no próximo ano. Eduardo Campos tem uma aliança informal com o senador Aécio Neves para a montagem de vários palanques regionais. O PSB e o PSDB marcharão juntos em alguns estados chaves da federação: Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraíba, Piauí, Pernambuco e Ceará.
Luiz Cláudio Ferreira Barbosa

O pré-presidenciável Eduardo Campos (PSB) deverá ter o apoio do Partido Popular Socialista, no primeiro momento, por isso precisa dos palanques com sentido duplo, com a coligação tucano- democrata (PSDB–DEM) e dos dissidentes do PMDB (Bahia, Pernambuco), para ficar competitivo nos estados. O PSB tem sua maior força na região do Nordeste, por isso terá um papel preponderante em relação ao PSDB, já o inverso acontece nas regiões Sul/Sudeste, nessas localidades, o papel alfa no cenário político-eleitoral será do PSDB.

O governador Cid Gomes sempre manteve um discurso interno no PSB de manutenção da aliança no pleito eleitoral de 2014, para reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). Cid Gomes não aceitava essa aliança branca com o PSDB nacional, pois não tinha nenhuma condição de reaproximação com a principal liderança tucana cearense, o ex–senador Tasso Jereissati, por isso, não há condição de permanecer no PSB com seus palanques duplos, com a coligação PSDB-DEM.

O ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) já começa a entrar em ritmo de campanha nas caravanas do pré-presidenciável Aécio Neves pelos estados. Tasso Jereissati e o ex-prefeito de Maracanaú, o empresário Roberto Pessoa, já montaram a coligação PSDB e PR em nosso estado, para o pleito eleitoral de 2014, num primeiro momento, pois o passo a seguir será trazer por influência dos diretórios nacionais os seguintes partidos: PSB, DEM, PPS e PTB.


O governador Cid Gomes sabia que o seu principal adversário na política cearense para o pleito eleitoral de 2014, sempre foi e será o ex-senador Tasso Jereissati (PSDB). O discurso de aposentado do empresário Tasso Jereissati da política partidária, já começa a ceder espaço para o dinamismo de suas ações na cidade de Brasília, com enorme influência na política cearense, com resultado negativo, para os planos políticos dos irmãos Gomes.


sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Artigo no Jornal O Estado - Lulismo sem Lula

O artigo que foi publicado na quarta - feira, 25 de setembro de 2013, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:
http://www.oestadoce.com.br/noticia/lulismo-sem-lula

A corrida para sucessão presidencial de 2014 terá três candidaturas sobre a égide do lulismo sem lula: Marina Silva, Aécio Neves e Eduardo Campos. A presidente Dilma Rousseff(PT) tem dois ex- aliados como prováveis concorrentes a sua reeleição.

O lulismo sem lula poderá ter um representante no segundo turno da sucessão presidencial de 2014. A presidente Dilma Rousseff (PT) terá três postulações contra a sua própria candidatura, com o discurso ideológico de manter o que foi bom no lulismo em matéria de políticas públicas nos últimos dez anos, mas com o fim do ciclo petista a frente do Planalto.

O presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro, o governador pernambucano Eduardo Campos, saiu da base governista do Planalto após fazer parte da mesma nos últimos dez anos. O PSB procura o seu espaço político para o pleito eleitoral de 2014.
A presidente Nicolle Barbosa do Centro Industrial do Ceará


A ex-senadora Marina Silva rompeu com o Partido dos Trabalhadores no ano de 2009, para concorrer no ano seguinte a sucessão do presidente Luis Inácio Lula da Silva (2003 – 2010). A primeira candidatura de oposição oriunda do PT, com excelente votação de 20 milhões nas eleições de 2010.

O senador tucano Aécio Neves (PSDB) procura encontrar o seu espaço político-eleitoral entre os dois representantes do lulismo sem lula na corrida presidencial de 2014. Aécio Neves sempre manteve distância do estereótipo do tucano paulista anti-lulista, o seu estilo sempre foi de quem mantem uma linha de aproximação com os lulistas mineiros.

O futuro presidenciável Eduardo Campos (PSB) deverá ter um discurso de superação da Era Lula- Dilma na administração pública do Brasil. O PSB procura construir uma imagem de independência em relação ao final do mandato da presidente Dilma Rousseff (PT).  O Partido Popular Socialista deverá apoiar as pretensões do governador pernambucano no pleito eleitoral de 2014.

A ex-senadora Marina Silva ainda não tem legenda para concorrer a presidência da República, mas tem excelentes índices de votos nas pesquisas de opinião pública. Marina Silva pode representar a face do lulismo sem lula mais radical entre os eleitores, pois prega o rompimento com o fisiologismo político-administrativo dentro do Planalto. O seu discurso tem força entre os eleitores jovens dos grandes centros urbanos do Brasil

O futuro presidenciável Aécio Neves (PSDB) tem um discurso político- eleitoral parecido com o pré-candidato Eduardo Campos (PSB). A maioria, dos palanques regionais de tucanos e socialistas, será conjunta nos estados. O discurso do lulismo sem lula será o principal tom de campanha das coligações estaduais do PSB e do PSDB.



Artigo no Blog do Eliomar de Lima - A aliança PSB/PSDB em construção no País

Com o título “Eduardo Campos e o futuro do PSB no Ceará, eis artigo do sociólogo Luiz Cláudio Ferreira Barbosa. Ele aborda o cenário de mudanças imposto pelo governador Eduardo Campos depois que entregou cargos que o partido ocupava no Governo Dilma Rousseff. Segunda - feira, 23 de setembro de 2013. Confira:
O meu artigo “Tasso Jereissati e a construção de uma frente ampla” nesse renomado blog no final do mês de abril, foi o prenuncio do futuro da aliança do Partido Socialista Brasileiro e o Partido da Social Democracia Brasileira na política nacional, pois não havia condição na política local. O texto tinha as limitações devido ao período em que foi escrito.
A minha tese era a da construção do palanque tucano, com interesse de representar os presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e o Eduardo Campos (PSB) em solo cearense, na qual o DEM e o PPS seriam os principais defensores da candidatura socialista dentro da coligação. Não havia perspectiva de saída dos irmãos Gomes do PSB, e muito menos essa situação de embate, político- eleitoral, com a direção nacional.

O presidente nacional do PSB, o governador pernambucano Eduardo Campos, não esconde o seu desejo de retirar o grupo político do governador Cid Gomes da direção estadual da agremiação socialista. Cid Gomes (PSB) não terá autonomia para apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff por seu atual partido. A saída dos irmãos Gomes já é fato para maioria dos socialistas cearenses.
O futuro presidenciável Eduardo Campos (PSB) mantém um pré- acordo com os irmãos Novais ( Sérgio-Eliana) para a transição da direção estadual do PSB no Ceará. Outro movimento da direção nacional do PSB é o convite para a vinda da ex-prefeita Luzianne Lins(PT) aos quadros da agremiação socialista. Os dois movimentos não são nada discretos nos meios de comunicação, transmitindo ao povo cearense o desejo do PSB nacional de desalojar os irmãos Gomes antes do dia 05 de outubro de 2013.
O novo diretório estadual do PSB que poderia assumir não teria condição de fazer parte da aliança PMDB e PT, pois esse palanque da política cearense é totalmente construído para a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) e do vice- presidente Michel Temer (PMDB). O provável pré-candidato ao Governo estadual será o senador Eunicio Oliveira (PMDB) ou uma indicação vinda dos petistas. O PSB não faria palanque ao seu presidenciável nessa coligação em terras cearenses.
O PSDB deverá assumir o papel de principal aliado do PSB na construção dos palanques regionais. No caso especifico do Ceará, o novo cenário de aproximação do ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) com o governador Eduardo Campos (PSB), pois, nos próximos dias haverá uma agenda comum entre essas duas lideranças.
A nova direção estadual do PSB do Ceará não pode ser composta por membros que não estejam dispostos a fazer uma negociação, com o ex-senador Tasso Jereissati e a direção estadual do PSDB. Então, o mais provável será um intervertor indicado pela cúpula federal, para ficar a frente do comando da seção partidária socialista no Ceará.
* Luiz Cláudio Ferreira Barbosa,
Sociólogo.

O link da matéria no Jornal O Povo:

domingo, 22 de setembro de 2013

Eduardo Campos e a futura aliança com o Tasso Jereissati

O governador Cid Gomes (PSB) sofre um processo de esvaziamento político na cúpula nacional do Partido Socialista Brasileiro. O presidente nacional do PSB, o governador pernambucano Eduardo Campos, não deseja mais a permanência dos irmãos Gomes no diretório estadual do Ceará.

O Partido Socialista Brasileiro saiu do Governo Federal na intenção de ser oposição ao legislativo brasileiro ( Câmara – Senado). Os dirigentes socialistas não acreditavam que haveria espaço vital na coligação do PT-PMDB para a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). O PSB deseja aumentar o seu capital político no pleito eleitoral de 2014.

O sociólogo Luiz Cláudio Ferreira Barbosa 
O futuro presidenciável Eduardo Campos irá refazer a sua base eleitoral na política cearense, com desalojamento dos seus antigos aliados, como também vai abrir uma linha de negociação com os principais partidos de oposição: Partido da República e o Partido da Social Democracia Brasileira.   

A direção estadual do Partido Socialista Brasileiro deverá ser entregue a um intervertor que será indicado pela direção nacional. O fato já ocorreu em 2003 na história do PSB cearense. O novo dirigente estadual deverá ser da direção nacional do PSB, para um período de seis meses. O PSB vai aprofundar a sua aliança com o PPS a nível nacional, com reflexo na política cearense.


O senador Aécio Neves (PSDB) e o ex-governador Tasso Jereissati (PSDB) irão tentar uma aproximação do PSDB cearense, com a sigla socialista, para construção de um palanque regional. O governador Eduardo Campos (PSB) deverá ser recebido pelo presidente de honra do PSDB do Ceará, o empresário Tasso Jereissati, na sua próxima visita ao solo alencarino. 


Artigo no Politicabook - O Fenômeno Marina Silva

O artigo que foi publicado na sexta - feira, 20 de setembro de 2013, no site do Politicabook: http://www.politicabook.com/profiles/blogs/o-fen-meno-marina-silva?xg_source=activity
A ex-senadora Marina Silva (AC) pode ser considerada,de acordo com os últimos levantamentos de opinião pública, como o segundo polo político-eleitoral da corrida presidencial de 2014. O patamar de 19% a 22% da preferencia do eleitorado brasileiro, nas pesquisas estimuladas, não deixaria dúvida da sedimentação dos seus votos.
A ex-ministra Marina Silva saiu do PV e da vida partidária há quase três anos. Marina tenta fundar o seu próprio partido que é conhecido como “Rede de Sustentabilidade”, para ser o seu veículo eleitoral na sucessão presidencial de 2014. O segundo polo eleitoral da política brasileira ainda não tem uma representação partidária.
A presidente Dilma Rousseff (PT) já é uma pré-candidata em campanha para a sua reeleição no pleito eleitoral de 2014. Dilma Rousseff já teve uma queda na sua popularidade, com enorme reflexo na preferencia eleitoral. O seu atual patamar de votos é de 30% a 36% nas pesquisas estimuladas de opinião pública.
Luiz Cláudio Ferreira Barbosa
A pré-candidata do Partido dos Trabalhadores, a presidente Dilma Rousseff, não tem mais uma ampla maioria das preferencias eleitorais nas regiões Sul / Sudeste, com um empate técnico, na maioria dos estados, com a ex-senadora Marina Silva. As duas prováveis presidenciáveis têm números idênticos, com patamares de 26% a 32% nas pesquisas estimuladas das grandes empresas de consultas de opinião pública: Datafolha, Ibope e Vox Populi.
O senador Aécio Neves (PSDB) tem dificuldade para alcança o segundo polo político-eleitoral nas consultas de opinião pública sobre a sucessão presidencial de 2014. O pré-candidato tucano ainda mantém percentuais de votos modestos, nas casas de 12% a 15% das pesquisas estimuladas. O PSDB procura um modo de atrair a ex-senadora Marina Silva para o seu arco de aliança no período pré-eleitoral, nos seus principais palanques estaduais.
Os petistas e os tucanos encontrarão dificuldades em desconstruir esta pré-candidatura competitiva para presidente da República, que apesar de não ter estrutura partidária real, já demonstrou que tem uma base eleitoral fiel, que são os eleitores da ex- senadora Marina Silva. A Rede de Sustentabilidade não é a única opção partidária da pré-candidata Marina Silva, pois a sua segunda opção poderia ser o Partido Ecológico Nacional (PEN).
Marina Silva é beneficiada por um voto de protesto, esse bipartidarismo artificial na política brasileira nos últimos cincos pleitos eleitoral para presidência da República. O eleitor nos grandes centros urbanos brasileiros escolheu ecologista Marina Silva, como candidata que representaa negação da polarização entre o PT e o PSDB no pleito eleitoral de 2014 na sucessão presidencial.


domingo, 15 de setembro de 2013

A saída do vice - governador Domingos Filho do PMDB no Ceará - Outro pré - candidato do condomínio administrativo - político de Cid Gomes (PSB)

O vice-governador Domingos Filho decidiu romper com parte de sua história política, quando deixar ou sair do PMDB. O ex-deputado peemedebista deseja ser o pré-candidato do grupo do governador Cid Gomes (PSB), para a sucessão estadual de 2014.

O senador Eunício Oliveira já esperava a saída do seu parceiro de muitos anos de PMDB. Domingos Filho foi o maior colaborador interno do presidente estadual peemedebista, nos últimos quinze anos. Acredito que houve uma perda simultânea para essas duas lideranças, em matéria de futuras parcerias políticas. O PMDB somente irá perder com a saída de um dos seus maiores expoentes.
Luiz Cláudio Ferreira Barbosa

O governador Cid Gomes (PSB) tem agora mais um pré-candidato a sua sucessão estadual de 2014. O vice-governador Domingos Filho (Sem Partido) deverá fazer uma enorme pressão, para a sua indicação na cabeça da chapa majoritária do PSB – PSD.

O senador Eunício Oliveira (PMDB) não será então o único pré- candidato no páreo pela indicação do condomínio administrativo- político do bloco partidário PMDB-PT-PSB, com o surgimento de outro concorrente, o vice-governador Domingos Filho, que não vai esperar até abril de 2014, pois já deseja a definição bem antes no calendário eleitoral.

A saída do vice- governador Domingos Filho dos quadros do PMDB, por si só, já cria uma nova zona de atrito nas fileiras cidistas. O governador Cid Gomes (PSB) precisa manter o PMDB no seu palanque, assim como o grupo político do vice-governador Domingos Filho, mas essa equação eleitoral tornou-se quase impossível de acontecer no pleito eleitoral de 2014.

A nova agremiação partidária do pré-candidato ao Governo estadual, Domingos Filho, será dirigida pelo mesmo? Acredito que não haverá um partido somente para o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, com isso o seu projeto político- eleitoral  terá o seu momento de maior destaque, com a sua saída do PMDB.


                Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político


sábado, 14 de setembro de 2013

Avaliação do Partido dos Trabalhadores no Ceará - A nova configuração interna do petismo cearense

O Partido dos Trabalhadores do Ceará está num processo de realinhamento interno de suas correntes: a construção de uma teia de pactos políticos em cima dos interesses dos seus principais lideres. O PT estadual será um satélite do interesse de estruturação do palanque de reeleição da presidente Dilma Roussef.

O Processo Eleição Direta de escolha dos mandatários dos diretórios municipais, estaduais e do diretório nacional entre os filiados petistas. O PED será importante no momento de definição da correlação de forças no Partido dos Trabalhadores em todas as suas instâncias.


O PED no Ceará será fundamental para a formação de três grupos internos, com os seus interesses dispares em relação ao futuro do PT no condomínio político-eleitoral do governador Cid Gomes (PSB). O ponto comum  entre os principais grupos que disputam o PED  é  o fim da presidência da ex-prefeita Luzianne Lins a frente do diretório estadual. O pós Luzianne já é fato aceito entre os militantes petistas. 

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa
As três principais chapas do PED são encabeçadas por candidatos com perfil técnico, pois a experiência anterior de uma presidente com perfil personalista, não foi benéfica ao debate interno do PT. O petismo cearense não entrará num processo fraticida como imaginaram  os analistas políticos e jornalistas. O cenário já está bem definido entre as correntes petistas. A maior disputa sem dúvida será pelo diretório municipal de Fortaleza.

Os deputados federais José Nobre Guimarães, José Airton Cirilo e Ilário Marques são os principais representantes do lulismo pragmático na política estadual. A construção desse triunvirato foi responsável pela criação do maior consorcio de poder dentro do Partido dos Trabalhadores para ganhar o diretório estadual. O ex- presidente Luís Inácio Lula da Silva tem interesse na vitória desse grupo, para  reforçar o palanque de reeleição da presidente Dilma Rousseff, em solo cearense. 

A candidatura de Francisco de Assis Diniz, para presidente do PT do Ceará, não é fruto de gerência do Palácio da Abolição do governador  Cid Gomes (PSB), para criação de um petismo cidista. A força motriz dessa postulação petista no PED vem dos interesses eleitorais do Planalto que estão acima do simples interesse da manutenção da aliança PSB e PT no Ceará.

Deputado federal Artur Bruno (PT-CE)
 O Sindicalista De Assis Diniz representa a nova voz do presidente nacional do PT, o deputado estadual Rui Falcão (SP), na construção da aliança primordial com o PMDB, para depois ocorrer  a negociação, com o PSB, na política local.  O lulismo pragmático não é o petismo cidista, pois demonstra algo mais complexo, como representação de um único objetivo visível: um palanque vitorioso para reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) no Ceará.

Os parlamentares Artur Bruno (deputado federal), Acrísio Sena (vereador) e Professor Pinheiro (deputado estadual) foram os responsáveis pela criação de outro grupo interno: o lulismo social. A frente dessa chapa que disputa o PED  existe um colegiado de lideres bem diferente do triunvirato do lulismo pragmático. O lulismo social tem um refinamento no seu discurso ideológico de defesa do retorno do Partido dos Trabalhadores aos movimentos sociais, por isso  conquista a simpatia do petista independente.

A candidatura do vereador fortalezense Acrísio Sena para presidente do diretório municipal de Fortaleza é o ponto máximo da formação política- eleitoral  desse grupo interno petista. A vitória na disputa de Fortaleza pelo comando no Partido dos Trabalhadores, sem dúvida, já deixaria o lulismo social num mesmo patamar de negociação com o lulismo pragmático. O fato interessante é que o deputado federal  Artur Bruno é favorável a manutenção do dialogo, com o diretório estadual do PSB, para o pleito eleitoral de 2014. O senador Eunício Oliveira (PMDB) poderia aproveitar ,esse momento, para construir uma ponte de negociação com o lulismo social.

Senador José Pimentel (PT-CE)
Finalizando temos uma aliança pontual do senador José Pimentel e da ex- prefeita Luzianne Lins para criação de uma chapa no PED em âmbito estadual e  no âmbito da capital. A manutenção do diretório municipal de Fortaleza é o principal objetivo dessa aliança interna petista. O advogado Elmano de Freitas representa o elo de interesse comum político- eleitoral do líder do Governo federal e da atual presidente do diretório estadual do PT, para manutenção dessa importante base petista que é Fortaleza.

O senador José Pimentel tem diálogo direto com a presidente Dilma Rousseff (PT), por isso tem papel importante no futuro palanque estadual petista, com condição de transitar entre o lulismo pragmático e o lulismo social. A vitória no diretório municipal de Fortaleza será importante para consolidar o capital político do líder do Governo federal no diretório estadual do Partido dos Trabalhadores.

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, Sociólogo, consultor político


sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Artigo no Jornal O Estado - Dilma Rousseff e a Popularidade

O artigo que foi publicado na quinta - feira, 12 de setembro de 2013, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:

A presidente Dilma Rousseff começa um processo lento e gradual de recuperação de sua imagem como gestora, perante a sociedade civil. A Confederação Nacional do Transporte (CNT) encomendou uma pesquisa de opinião pública, que foi feito pelo Instituto MDA, que comprova a oscilação positiva da popularidade da chefe do executivo do Governo Federal.

A avaliação positiva do governo subiu para 38,1 por cento, sendo a pontuação anterior de 31,3 por cento em julho, enquanto a aprovação pessoal de Dilma passou dos  58,0 por cento, enquanto a anterior era de 49,3 por cento. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais. Foram entrevistadas 2.002 pessoas entre os dias 31 de agosto e 4 de setembro, em 135 municípios de 21 unidades da Federação.

Para 39,7 por cento, o governo é regular, antes este  índice era de  38,7 por cento, quando pequisado em julho. A avaliação negativa caiu para 21,9 por cento, ante 29,5 por cento. O desempenho pessoal de Dilma é desaprovado por 40,5 por cento dos entrevistados, ante 47,3 por cento em julho. O núcleo político do Planalto já esperava a recuperação dos índices de aprovação tanto no campo da gestão quanto no campo da imagem pública da presidência da República.



A queda no preço dos alimentos foi crucial para recuperação de parte confiança do cidadão-eleitor no controle dos índices de inflação. A maioria dos entrevistados  são pessimistas em relação a política pública do Ministério da Fazenda de combate aos males da crise econômica. Apenas 15,0 por cento dos consultados acreditam que a inflação está controlada, enquanto 75,9 por cento responderam não acreditar que ela está  sob controle.


A presidente Dilma Rousseff retorna a construir uma imagem positiva destoante da imagem do seu próprio governo. O cidadão- eleitor começa o processo de reavaliação no campo político- eleitoral favorável à reeleição da mesma em 2014.

A pesquisa CNT-MDA aponta ainda a liderança de Dilma em diversos cenários eleitorais. Na intenção de voto estimulada, a presidente tem 36,4 por cento das intenções de voto, seguida da ex-senadora Marina Silva (Sem partido), com 22,4 por cento. O senador Aécio Neves (PSDB) mantém índices razoáveis na pesquisa estimulada, sempre na casa de 15,2 por cento, enquanto o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) aparece  em quarto lugar, com 5,2 por cento das intenções.

A presidente Dilma Rousseff ainda não recuperou áurea de candidata imbatível que tinha no primeiro semestre de 2013. A reeleição da candidata do Planalto só depende da melhoria da política econômica do Governo federal, na opinião pública.

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político


Mauro Filho e a Planície Política

O deputado estadual Mauro Filho (PSB) retorna à Assembleia Legislativa do Ceará, com oito meses de antecedência, em relação ao seu objetivo original, que era de somente sair da Secretaria da Fazenda, no mês de maio, para disputar as prévias internas no Partido Socialista Brasileiro, como o candidato à sucessão do governador Cid Gomes (PSB).

O economista Mauro Filho (PSB) sempre procurou, nos últimos meses,  de sua gestão à frente da Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará (SEFAZ) , o bom relacionamento com os empresários cearenses. A relação econômica entre o setor público e o setor privado era a sua principal marca política.

A Secretaria da Fazenda era uma espécie de autarquia pública, com uma autonomia em relação ao restante do Governo do Estado do Ceará, no caso especifico da Secretaria de Governo. Mauro Filho tinha uma relação direta de comunicação com o governador Cid Gomes (PSB), sem a necessidade de intervenção de nenhuma outra autoridade ou liderança interna do Governo estadual.

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa
Em 2013, a economia cearense, a exemplo de 2012 e de anos anteriores, deverá continuar a crescer acima da média nacional, fechando o Produto Interno Bruto (PIB), no final do ano, com uma taxa de 4,0 por cento, maior que o resultado nacional, que tem uma previsão de 3,3 por cento. A projeção positiva decorre da existência de investimentos públicos e privados no Ceará, que viabilizam projetos estratégicos para o desenvolvimento do Estado.

A economia cearense cresce acima da média nacional, com esse portfólio, o ex-secretário Mauro Filho esperava ser ungido, como o candidato natural para a sucessão estadual de 2014, por seus correligionários do Partido Socialista Brasileiro. O novo ocupante da Secretaria da Fazenda deverá receber os louros no final do ano, pelo excelente desempenho do nosso Produto Interno Bruto (PIB).
                                                                                 
O mandato de deputado estadual é pequeno para as pretensões do economista, Mauro Filho, que faz um trabalho de divulgação dos seus méritos a frente da Secretaria da Fazenda, nos últimos oito anos. Mauro Filho terá dificuldade em impor a sua marca política entre os seus companheiros de bancada do PSB, pois existe uma relação de distanciamento entre os mesmos, no decorrer dos últimos sete anos.

O fato de ser ele mesmo, o seu principal garoto propaganda do seu período áureo a frente da Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará, não era o desejo do deputado estadual Mauro Filho (PSB). O futuro não é incerto no horizonte político do parlamentar socialista, pois existem duas opções: a candidatura ao Governo estadual e a postulação a uma vaga na Câmara.

             Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político


terça-feira, 10 de setembro de 2013

Entrevista no Jornal União Brasil - A reforma no Secretariado do Governo do Ceará

A entrevista do sociólogo e consultor político, Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, para o Jornal União Brasil do apresentador Richell Martins. Tema - A reforma no Secretariado do Governo do Ceará.

No horário das 18h00min, a primeira edição, com reprise às 21h30min.
O link da TV União: http://redeuniao.com.br/novo/
 




sábado, 7 de setembro de 2013

Artigo no Blog do Eliomar de Lima - Uma projeção sobre o Cidismo e as Eleições 2014

Com o título “Pós-Cidismo ou Neo-Cidismo?”, eis artigo do sociólogo Luiz Cláudio Ferreira Barbosa. Ele aborda o mapa geográfico político-eleitoral para o ano das eleições. Confira:
O mês de setembro redesenhará o mapa geográfico político- eleitoral para o pleito eleitoral de 2014. O futuro governador do Estado do Ceará será fruto de uma das duas teses aqui trabalhadas: Pós- Cidismo ou Neo-Cidismo?
O senador Eunício Oliveira (PMDB) sempre foi aliado durante a construção da Era Cid Gomes (2007- 2014) na política cearense. O PMDB foi o grande aliado que permaneceu ao lado dos irmãos Gomes, nos vários momentos de realinhamento interno das forças matrizes do condomínio político-administrativo do Governo Estadual.
O condomínio político- administrativo cidista é marcado, no final de sua preponderância na política cearense, pelo surgimento de duas correntes. A primeira corrente defende o PMDB como o novo grupo hegemônico, com apoio do diretório nacional do Partido dos Trabalhadores. A segunda corrente defende a permanência de um aliado indicado pelo governador Cid Gomes (PSB), para sua própria sucessão, assim como ele fez na época em que foi prefeito de Sobral (1997-2004).
O sociólogo Luiz Cláudio Ferreira Barbosa
O senador Eunício Oliveira prepara o terreno entre os seus aliados como o provável pré-candidato da coligação PT-PMDB, com a bênção da presidente Dilma Rousseff (PT) e do vice-presidente Michel Temer (PMDB), como palanque único de defesa da reeleição da presidência da República, em solo cearense. O pós- cidismo tem a sua principal força política- eleitoral na aliança nacional do PMDB-PT.
O governador Cid Gomes (PSB) já trabalha com a permanência do seu grupo político- administrativo , nos próximos quatro ou oito anos, no comando do executivo no Estado do Ceará. O cidismo sem Cid Gomes é coordenado pelo o ex-deputado federal Ciro Gomes (PSB), que foi responsável por essa mesma tese na saída do irmão da Prefeitura de Sobral. Ciro Gomes fez a indicação na época do deputado federal Leônidas Cristino para prefeito de Sobral. Será esse modelo repetido historicamente na atual circunstância política- eleitoral de nosso estado, com sucesso?
A política cearense não é somente representada pela indefinição no consórcio do poder da coligação PMDB- PT- PSB, pois o bloco partidário PR-PSDB começa a incentivar o surgimento de uma segunda via na sucessão estadual de 2014.
A nova circunstância do surgimento dessa segunda opção, fora das disputas internas do Palácio da Abolição, com uma união histórica e pragmática de republicanos (Lúcio Alcântara- Roberto Pessoa) e de tucanos (Tasso Jereissati- Tomas Figueiredo), em único palanque competitivo de uma chapa majoritária de oposição ao Governo estadual.
O bloco partidário republicano-tucano tem poucos nomes competitivos entre os seus quadros, mas existe uma alternativa externa, que seria o deputado estadual Heitor Férrer (PDT). O surgimento dessa segunda via política- eleitoral colocaria fim as disputas internas no condomínio político-administrativo do governador Cid Gomes (PSB), pois essa candidatura já demonstrou ser competitiva no pleito eleitoral de 2012, para prefeito de Fortaleza.
O deputado estadual Heitor Férrer (PDT) poderá ser o pré- candidato das oposições, com o discurso de superação da Era Cid Gomes, para isso adotaria o discurso eleitoral do pós-cidismo apoiado no eleitorado anticidista, que foi aproximadamente 35% dos votos válidos no pleito eleitoral de 2010.
* Luiz Cláudio Ferreira Barbosa,
Sociólogo.
DETALHE – Na Coluna Vertical do O POVO desta sexta-feira, o presidente estadual do PDT, André Figueiredo, descarta Heitor Férrer como opção para o Governo. Resta saber se tal definição resistirá até o pleito de 2014.
Categoria(s): BrasilCearáPolítica por Eliomar de Lima

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Artigo no Jornal O Estado - Para aonde vai Heitor Férrer?

O artigo que foi publicado na quarta - feira, 04 de setembro de 2013, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:
http://www.oestadoce.com.br/noticia/para-aonde-vai-heitor-ferrer

O deputado estadual Heitor Férrer (PDT) representa o marco zero das oposições ao Governo do Estado do Ceará. O pedetista nas últimas semanas foi responsável por várias matérias na imprensa nacional sobre os gastos públicos do poder executivo local. Não há outro fenômeno midiático regional, com repercussão nacional, nas outras Assembleias Legislativas.

O termo popular de exército de um homem só, não poderia ser  melhor empregado numa única pessoa, como no deputado estadual Heitor Férrer (PDT), em relação a política cearense. Heitor Férrer não é solitário em sua empreitada oposicionista, pois existe um conjunto de várias forças políticas ao redor do seu trabalho fiscalizador, na Assembleia Legislativa do Ceará.

O Partido da República e os seus principais líderes são aliados e colaboradores do deputado estadual Heitor Férrer (PDT). O presidente estadual do PR, o médico Lúcio Alcântara, mantém uma relação de interlocução quase diária, com o deputado estadual pedetista, assim como, o ex-prefeito de Maracanaú, o empresário Roberto Pessoa, na construção de uma plataforma legislativa de oposição ao Governo Estadual.

O sociólogo Luiz Cláudio Ferreira Barbosa

Os parlamentares republicanos Fernanda Pessoa e o Capitão Wagner são os reprodutores das denúncias do deputado estadual Heitor Férrer, que são reproduzidas na mídia nacional. A deputada republicana assume um tom ainda mais radical na Assembleia Legislativa do Ceará, ao reproduzir estas denúncias, entre os seus pares. O vereador republicano faz a reprodução das denúncias na Câmara Municipal de Fortaleza, com a intenção de estadualizar o debate público entre os vereadores.

O presidente de honra do Partido da Social Democracia Brasileira, o ex-senador Tasso Jereissati não mantém segredo sobre a sua admiração pessoal em relação ao deputado estadual Heitor Férrer (PDT). Tasso Jereissati já orientou a mudança de postura do deputado estadual João Jaime (PSDB) em relação às denúncias do parlamentar pedetista na Casa do Povo. O presidente do diretório municipal de Fortaleza, o empresário Tomaz Figueiredo e o vereador Carlos Dutra  caminham para assumir um posicionamento  de auxiliares dos questionamentos públicos do deputado estadual Heitor Férrer  (PDT) nos meios de comunicação nacional e regional.

O modelo eficiente de ser e de fazer oposição ao Governo estadual adotado pelo  deputado estadual Heitor Férrer, já é referência positiva na opinião pública cearense, com repercussão na mídia nacional. O bloco partidário (PR–PSDB) é refém da eficiência política- parlamentar do deputado estadual pedetista,  que atua como principal liderança de oposição no Ceará.