domingo, 28 de julho de 2013

O Papa Francisco e a sua força moral na política brasileira

O papa Francisco em sua passagem pelo Brasil foi responsável por recolocar a Igreja Católica no centro dos debates públicos. O novo papado tem o desejo de ir ao encontro dos pobres e dos excluídos da sociedade de consumo. Somos todos testemunhas do carisma, da simplicidade e da mensagem de amor e de solidariedade que Francisco nos trouxe.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff  tinham nesse discurso político-administrativo de combate à miséria, o principal pilar de sustentação de sua propaganda oficial.

O Bispo de Roma não procura aliança estratégica com o Governo Federal no combate à miséria na sociedade. O maior interesse é a mudança do discurso interno da Igreja Católica em solo brasileiro. A CNBB deverá refletir sobre o seu distanciamento das bases sociais, com certeza, irá procurar agora a união de todas as alas internas: Conservadores, Moderados e Radicais.

O sociólogo Luiz Cláudio Ferreira Barbosa

Francisco dialogou com a comunidade cristã sem distinção de origem religiosa. O seu discurso de humildade foi absorvido por todos os setores da sociedade civil brasileira. Os cristãos não- católicos deverão fazer a mesma reflexão em suas ordens religiosas ou grupos espirituais.


A Igreja Católica aumentou o seu capital político perante a presidente Dilma Rousseff, como uma instituição que tem um líder respeitado pela cristandade brasileira. O discurso do combate à miséria e à sociedade de consumo, já serão os motes para o avanço do discurso católico no pleito eleitoral de 2014.


Artigo no Jornal O Estado - Heitor Férrer e o Tassismo Tardio

O artigo que foi publicado na quarta - feira, 24 de Julho de 2013, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:
http://www.oestadoce.com.br/noticia/heitor-ferrer-e-o-tassismo-tardio

O ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) já comunicou, para o diretório nacional do Partido da Social Democracia Brasileira, o seu desejo de não concorrer a nenhum cargo no pleito eleitoral de 2014. Tasso Jereissati  irá apenas trabalhar nos bastidores para o futuro presidenciável tucano, o senador Aécio Neves (MG).

A política cearense sempre teve forte conotação ideológica no dualismo do tassismo  versus o anti- tassismo. Esse antagonismo esteve presente nos últimos pleitos eleitorais do Estado. O seu desaparecimento deixará uma enorme lacuna no imaginário popular.

O empresário Tasso Jereissati construiu uma nova imagem administrativa à frente do Grupo Jereissati S.A nos últimos três anos, com excelentes resultados, que são propagados pela mídia especializada nacional e local. O seu modelo de gerenciamento, dos seus empreendimentos particulares, foi responsável pela conquista da opinião pública da classe média cearense.

O Programa A Verdade na TV União - Tema: A Reforma Política. (16/07)

A saída de cena do ex-governador Tasso Jereissati (PSDB) da política cearense, já poderia ser o fator responsável pelo definhamento eleitoral do PSDB seção estadual nos últimos três anos. O desaparecimento do partido tucano cearense não representaria o fim do eleitorado tassista, mas curiosamente iria trazer a tona uma nova vertente: o Tassismo Tardio.

O tassismo tardio ou tassismo sem Tasso não é corrente política- partidária, pois a mesma não se identifica com o PSDB local. O núcleo dessa nova corrente está nos indivíduos das classes médias que não têm opção partidária e nem representação social (Sindicatos, ONG’S, Associações), somente a referência da gestão pública da Era Tasso Jereissati (1987 – 2006) nas áreas de Saúde, Segurança Pública, Infraestrutura e Educação.

A reclusão, do líder maior do Partido da Social Democracia Brasileira no Ceará, para o espaço privado dos seus empreendimentos comerciais, ocorreu sem deixar um único herdeiro na linha de sucessão interna tucana. O deputado estadual Heitor Férrer (PDT) absorveu uma parcela significativa do eleitorado tassista no pleito eleitoral municipal de Fortaleza do ano passado.

O ex-prefeiturável pedetista fez uma série de elogios ao estilo administrativo do ex-governador Tasso Jereissati (PSDB) durante a campanha eleitoral do primeiro turno. Heitor Férrer foi bem votado entre os eleitores identificados com o tassismo tardio.

O PSDB não tem hegemonia como opção política-partidária entre os eleitores tassistas. O deputado estadual Heitor Férrer (PDT) tem enorme chance de ser o líder do tassismo sem Tasso no estado do Ceará.


Artigo no Jornal O Estado - Tomás Figueiredo e o Tucanato Cearense

O artigo que foi publicado na quarta - feira, 17 de Julho de 2013, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:
http://www.oestadoce.com.br/noticia/tomas-figueiredo-e-o-tucanato-cearense

Momento decisivo para o grupo político do ex-governador Tasso Jereissati (PSDB), chegou a hora de redefinir a sua atuação no cenário eleitoral. O Partido da Social Democracia Brasileira entrou num período de esvaziamento interno dos seus quadros nos últimos quatro anos, na política cearense.

O PSDB já nasceu no cenário local como uma agremiação partidária dentro da estrutura administrativa-eleitoral do Governo estadual. No primeiro mandato do governo do empresário Tasso Jereissati no final dos anos 80.

O tucanato cearense já teve uma representação completa de senadores cearenses: Beni Veras, Lúcio Alcântara, Sérgio Machado. Formava a metade da bancada da Câmara Federal, com algo em torno onze deputados federais por três legislaturas consecutivas: 1990–1994-1998. Na Assembléia Legislativa do Ceará sempre foi  o partido com maior representação parlamentar, chegando a ter, no seu tempo áureo,  vinte deputados estaduais.

O empresário Tomás Figueiredo e o consultor político Luiz Cláudio Ferreira Barbosa

O PSDB cearense deixou de fazer parte do arco da aliança parlamentar do governador Cid Gomes (PSB), no final do seu primeiro mandato (2007-2010). A saída do poder não fez bem ao tucanato cearense, em termos de número de filiados e de representações parlamentares. O PSDB  se tornou uma agremiação partidária  sem  representação  à altura da sua tradição politica no cenário local.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) surge como futuro presidenciável   tucano na próximo eleição, com chances reais de ir para o segundo turno contra qualquer pré-candidatura do Partido dos Trabalhadores. Aécio Neves precisa reorganizar o seu palanque, quase inexistente, em terras cearenses.

O empresário Tasso Jereissati não demonstra nenhum desejo de disputar o cargo majoritário do qual já foi mandatário por três gestões públicas. O PSDB não tem, até o momento, nenhuma candidatura para o governo do Ceará.

O ex-deputado estadual Tomás Figueiredo assumiu o comando do diretório municipal de Fortaleza, nos próximos dois anos. O mesmo deverá ser o principal articulador político, depois do ex- senador Tasso Jereissati,  da candidatura do senador mineiro à presidência da República no palanque do Ceará.

O jovem empresário Tomás Figueiredo começa a construir uma série de rodadas de conversações, com a direção estadual do Partido da República, para uma estratégia de comum acordo, em função de uma chapa majoritária de oposição ao bloco partidário PSB-PT. Tomás Figueiredo deverá ser o principal interlocutor tucano num eventual apoio a pré-candidatura do senador Eunício Oliveira (PMDB) para o Governo Estadual. O PSDB poderá vir a apoiar o PMDB na sucessão estadual cearense do próximo ano.



Artigo no Jornal O Estado - Dimas Macedo e o Intelectual Virtual

O artigo que foi publicado na quarta - feira, 10 de Julho de 2013, no Caderno Opinião do Jornal O Estado: 
http://www.oestadoce.com.br/noticia/dimas-macedo-e-o-intelectual-virtual

Nos últimos dias foram lançadas várias teses sobre os movimentos sociais que ocorreram nos grandes centros urbanos. O perfil dos participantes  é o do cidadão-indignado com os malfeitos da nossa classe dirigente na área de serviços públicos; essa indignação expressa a não representatividade do nosso modelo parlamentar, em relação às reais demandas de políticas públicas da sociedade civil.

O movimento de massa não teve uma estrutura partidária ou grupos sociais (OAB,UNE, Sindicatos) a frente  da organização dos protestos. Somente um novo movimento social horizontal que tem como ponto de partida a sua organização através das ferramentas do ciberespaço: Facebook e Twitter.

O desaparecimento da liderança com formação partidária como no período do PMDB na ditadura militar ou petista na nova república, por si só demonstraria o fracasso das organizações partidárias no novo espaço público de debate: o mundo virtual.

O sociólogo Luiz Cláudio Ferreira Barbosa e o poeta Dimas Macedo

Quem são esses novos lideres do espaço público abstrato da Internet? O jovem da classe média, com o seu ímpeto de protesto natural, perante uma série de absurdos nas áreas da política institucional?  Sim, em parte, o perfil é composto por pessoas com idade abaixo de trinta anos, são elas que estão à frente das principais mobilizações nos grandes centros urbanos, mesmo sem nenhuma experiência em organizações sociais,  com ênfase no fato de que são explicitamente apartidários.

O intelectual tradicional foi expulso ou exilado do seu papel de reprodutor  dos fatos políticos para a sociedade contemporânea do ciberespaço. No mundo virtual cada um de nós é o seu próprio intelecto, sem a necessidade de uma grande teoria utópica, com ideólogos. O que nos leva a questionar se os novos movimentos sociais não partidários não teriam os seus pensadores, e a resposta é sim, os pensadores existem no mundo real com atuação ativa nos protestos do mundo virtual.

O professor universitário Dimas Macedo que é membro da Academia Cearense de Letras, com certeza se enquadra no perfil desse novo intelectual virtual, que saiu da sala de aula, com a sua longa experiência nas lutas democráticas dos movimentos sociais, para frente do computador. Dimas Macedo com a sua longa didática como militante dos direitos civis da história do País, não seria apenas um mero expectador passivo das ondas de protestos sociais.

O poeta Dimas Macedo norteou o novo pensamento radical de cidadania, com os seus textos para a compreensão da realidade muito além das palavras ou chavões dos protestos sociais nos asfaltos de nossa querida cidade de Fortaleza. O seu discurso saiu da sala de aula e do seu mundo privado, para ganhar espaço no mundo virtual.



sexta-feira, 5 de julho de 2013

Artigo no Jornal O Estado - Aécio Neves e o Pós - Oposição

O artigo que foi publicado na quarta - feira, 03 de Julho de 2013, no Caderno Opinião do Jornal O Estado: http://www.oestadoce.com.br/noticia/aecio-neves-e-o-pos-oposicao
O senador Aécio Neves (PSDB) começa a construir um novo discurso político- eleitoral após as várias manifestações populares no mês de junho. A sua pré-candidatura à presidência da República não poderá ser somente uma representação do contra à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).
Os maiores protestos, nos grandes centros urbanos do Brasil,  contra as políticas públicas do Governo Federal, não foram organizadas pelos partidos de oposições: PSDB – DEM – PPS - PSOL. O sistema partidário foi hostilizado pelos manifestantes, como um modelo não representativo para maioria da população brasileira.
No pleito eleitoral de 2014 para a Presidência da República, a dicotomia de candidatura da situação contra os candidatos das oposições, não representará um quadro real da opinião pública, que já nivelou os partidos políticos por critérios negativos.
O consultor político Luiz Cláudio Ferreira Barbosa
A queda da popularidade da presidente Dilma Rousseff, no mês passado, foi detectada pelas pesquisas do Instituto Datafolha. Os índices de aprovação,  da chefe do executivo do Governo Federal , eram de 57% de ótimo e bom no início de junho, no final do mesmo  mês, os índices caíram para 30% de ótimo e bom.
O Partido da Social Democracia Brasileira teve o seu principal quadro político-administrativo no olho do furacão dos protestos sociais no Estado de São Paulo. O governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) foi hostilizado como liderança política no mesmo patamar negativo da presidente Dilma Rousseff (PT) nas passeatas da cidade de São Paulo.
O presidente nacional do PSDB, o senador mineiro Aécio Neves, não acredita que a sua agremiação partidária será beneficiada num primeiro momento, com a derrocada nos índices de popularidade da presidente Dilma Rousseff. O PSDB vai trabalhar com a passagem dessa revolta do cidadão-eleitor, em relação aos partidos políticos.
A primeira sensação do voto de protesto nos principais centros urbanos brasileiros é depositada na pré–candidatura da ex- senadora Marina Silva (Sem Partido) de acordo com a última pesquisa Datafolha. Marina Silva tem 23% da preferência do eleitor brasileiro de classe média. Nas regiões Sul e Sudeste a mesma já ultrapassou a presidente Dilma Rousseff (PT) na corrida da sucessão presidencial.
O senador tucano Aécio Neves compreendeu o fracasso de representar uma pré-candidatura de oposição ao Planalto. O PSDB deverá optar por uma avaliação interna de suas principais lideranças sobre o rumo do discurso partidário no pleito eleitoral de 2014, para a sucessão da presidente Dilma Rousseff (PT).

Blog do Eliomar de Lima - A queda de popularidade de Dilma e seus reflexões nas alianças 2014 - 02/07/2013

Com o título “a queda da popularidade da presidente Dilma Rousseff – O futuro da aliança PSB-PT na política cearense”, eis artigo do sociólogo Luiz Cláudio Ferreira Barbosa. Ele avalia essa situação como um cenário trágico, em todos os sentidos, para o Partido dos Trabalhadores. Eliomar de Lima, jornalista.Confira: http://blog.opovo.com.br/blogdoeliomar/a-queda-de-popularidade-de-dilma-e-seus-reflexoes-nas-aliancas-2014/
A presidente Dilma Rousseff (PT) não esperava o esvaziamento da sua pré-candidatura para a renovação do seu mandato de presidente da República. O novo cenário é trágico, em todos os sentidos, para o Partido dos Trabalhadores, que está à frente do Governo Federal há uma década.
Dilma Rousseff (PT) procura compreender o motivo da vaporização da sua popularidade, que estava alta no final do mês de março na pesquisa do Datafolha: sessenta e cinco por cento de aprovação (ótimo/bom). No final de junho a sua popularidade despencou para trinta por cento de aprovação (ótimo/bom), conforme os novos dados divulgados pelo Datafolha.
As várias manifestações públicas nos principais centros urbanos contra a Copa das Confederações, já são consideradas como estopins de outras passeatas de protestos (Corrupção, Reformas Políticas ,Melhorias no Transporte, Saúde e Educação). O Planalto não atendeu às demandas sociais reprimidas da sociedade civil nas áreas de Saúde e Educação, nos últimos dez anos, por isso esse movimento, da classe média brasileira, que expressa a avaliação negativa da atual gestão pública da mandatária do Planalto.
O Partido dos Trabalhadores já começa a temer um cordão de isolamento dos seus atuais aliados partidários no Congresso e nos Ministérios. Os palanques regionais serão refeitos após esses índices nada favoráveis à popularidade da presidente Dilma Rousseff (PT). O PT não tem uma estratégia para sair dessa situação de pária político-eleitoral na avaliação da opinião pública.
O consultor político Luiz Cláudio Ferreira Barbosa
A tendência de inflação alta com crescimento baixo do PIB não ajudou a situação do partido do poder no momento, nos seus rearranjos dos cenários eleitorais dos estados. Os partidos que ocupam determinados cargos no primeiro escalão do Governo federal, já têm uma previsão de saída antes de abril de 2014. O Partido Socialista Brasileiro e o Partido Democrático Trabalhista já pensam em sair, no final deste ano, da gestão pública da presidente Dilma Rousseff.
O governador Cid Gomes (PSB) sempre manteve um alinhamento político-eleitoral com a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). O seu posicionamento sempre se chocava com a direção nacional do Partido Socialista Brasileiro, que desejava lançar o governador Eduardo Campos para a presidência da República. Cid Gomes deverá alimentar um debate interno para redirecionar o PSB local, no pleito eleitoral de 2014.
O Partido dos Trabalhadores pode perder o privilegio de ser o principal aliado do pré-candidato do governador Cid Gomes (PSB), na sucessão estadual de 2014. O senador Eunício Oliveira (PMDB) poderá ser o elo, do PT e do PSB, com a candidatura natural de pacificação do condomínio político-administrativo do Governo Estadual, para os próximos quatro anos (2015 – 2018).
* Luiz Cláudio Ferreira Barbosa,
Sociólogo.


Artigo no Jornal O Estado - Dilma Rousseff e a Reeleição?

O artigo que foi publicado na quarta - feira, 26 de Junho de 2013, no Caderno Opinião do Jornal O Estado: http://www.oestadoce.com.br/noticia/dilma-rousseff-e-reeleicao
As manifestações nas principais cidades brasileiras causaram o fim prematuro da situação de conforto da presidente Dilma Rousseff, em relação a sua reeleição, no próximo ano.
A inflação alta, causada pelo setor de serviços, com ajuda do aumento dos produtos alimentícios, já estavam corroendo a popularidade da chefe do executivo do Governo Federal. As últimas pesquisas de opinião pública já detectavam esse fenômeno negativo em relação à imagem administrativa de Dilma Rousseff.
As sondagens foram feitas antes da intensificação dos protestos, que vêm tomando as ruas de diversas capitais do país e que não têm como alvo direto somente o Planalto.

O consultor político Luiz Cláudio Ferreira Barbosa

O resultado da pesquisa CNI/Ibope do dia 19 de junho veio alinhado com o resultado anterior do dia 8 de junho,  no levantamento feito pelo Datafolha, que mostrou a queda de oito pontos na avaliação boa ou ótima do governo Dilma, que caiu para 57 por cento.

A presidente Dilma Rousseff já encerrou praticamente dois anos e meio de seu mandato. O restante desse período administrativo será marcado por uma tentativa de reeleição. O tempo é curto para recuperação da popularidade perdida.
O crescimento do Produto Interno Bruto será tão pífio nesse ano, que já acendeu a luz amarela na equipe econômica. O crescimento do pleno emprego não deverá se manter nos altos patamares atuais nos próximos meses. O cenário é  nada animador para cúpula do Planalto.
O Partido dos Trabalhadores começa a compreender que teve início o processo de desgaste de uma década a frente do Governo Federal. Os petistas não cumpriram algumas agendas sociais para atender a sociedade civil. As agendas nas áreas de Educação e Saúde não contemplaram a maioria da população brasileira, como consequência observamos a péssima avaliação destas duas áreas nas pesquisas de opinião pública.
A presidente Dilma Rousseff tem um aliado político-administrativo que faz o papel de vilão, na área da política e da economia para os setores organizados da sociedade, no caso o Partido do Movimento Democrático Brasileiro, que tem o vice-presidente da República, o jurista Michel Temer (SP), como o provável companheiro de chapa no próximo pleito eleitoral.
Os partidos de oposição ao Planalto irão lançar  duas ou três pré-candidaturas nos próximos dias para selecionar, no início do próximo ano, o candidato com maior viabilidade político-eleitoral. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) tem maior estrutura partidária, já a ex–senadora Marina Silva ( Rede–AC ) tem a simpatia dos manifestantes dos grandes centros urbanos. O governador Eduardo Campos (PSB-PE) ainda permanece como aliado do Planalto.

Artigo no Jornal O Estado - A Classe Média Unida e Revoltada

O artigo que foi publicado na quarta - feira, 19 de Junho de 2013, no Caderno Opinião do Jornal O Estado: http://www.oestadoce.com.br/noticia/classe-media-unida-e-revoltada
Nas últimas horas ocorreram várias manifestações nos principais centros urbanos do Brasil.
O símbolo da nação de classe média era o modelo de consumo da maioria da população. A saída de um contingente enorme de brasileiros da classe D e E para classe C, já era considerado a maior revolução econômica do início do Século XXI, em solo tupiniquim.
A classe média tradicional é classificada por famílias ou indivíduos com renda mensal acima de 10 salários mínimos. Esse grupo social cresceu nos últimos 10 anos no Brasil. A nova classe média  com renda mensal que varia de 5 a 10 salários mínimos, sempre se identifica com as causas políticas ou demandas sociais do estrato econômico acima da mesma.
A classe média tradicional brasileira nunca poderia, sozinha, eleger um presidente nos últimos pleitos eleitorais, mas agora constatamos a chegada do novo ator social no cenário político-partidário brasileiro: a nova classe média.
O consultor político Luiz Cláudio Ferreira Barbosa
A classe média unida poderá mudar essa realidade política. Nas últimas duas eleições para presidência da República, esses dois grupos distintos da classe média não chegaram um acordo político-eleitoral, pois a classe média tradicional sempre votava nos candidatos das oposições, quase sempre acontecia uma votação pulverizada no primeiro turno, somente ocorreria a união no segundo turno contra o candidato da situação, por outro lado a nova classe média sempre foi fiel eleitoralmente aos candidatos do Planalto.

Os interesses desses dois segmentos sociais nunca foram os mesmos, pois a classe média tradicional não reconhecia os novos membros vindos dos outros estratos sociais como iguais. A união desses subconjuntos num único conjunto de propostas somente aconteceu após a inflação na área de serviços e dos alimentos corroerem as suas poupanças bancárias, com a diminuição dos bens de consumo para classe média.

A classe média, unida em seus principais segmentos,  surge como responsável pelas principais manifestações contra o modelo do presidencialismo coalisão dos últimos vinte anos: Fernando Henrique–Lula–Dilma Rousseff. Os principais alvos, das críticas negativas, são as classes dirigentes sem distinções de serem da situação ou da oposição no campo partidário.
Nos grandes centros urbanos com maioria da população na classe média, já é notório os protestos políticos com maiores participações: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Porto Alegre. A tendência é grande de que as outras cidades sigam esta onda de protestos sociais no período da Copa das Confederações: Fortaleza, Recife, Salvador, Belém, Manaus. O País vive um momento de protesto organizado.